segunda-feira, 30 de novembro de 2015

SEÇÃO RAIO-X Nº 35 - Fábio Miranda

Foto: Arquivo pessoal/Fábio Miranda

A 35ª edição da Seção Raio-X traz um camarada super gente boa e de altíssima qualidade. O jornalista Fábio Miranda (Grupo Mogi News) perdeu minutos preciosos da sua vida para responder as nossas perguntas que vocês terão o prazer de conferir agora.

Nascido na Vila Formosa/SP e, atualmente, morador da região do Parque do Carmo/SP, Fábio é um cara que “daria tudo que sabe pela metade do que ignora, parafraseando Descartes”, mas que, no alto dos seus 36 anos de idade, continua em busca da “auto definição ideal”.

Para fugir um pouco do estresse da profissão, Fábio costuma pedalar em um parque, próximo à sua residência, além de arriscar algumas notas no violão (para “alegria” dos vizinhos rs). “Nesse sentido sou muito espartano, me realizo com pouco, minha maior extravagância é comer fora”, afirmou.

Fábio ao lado dos amigos e grandes jornalistas, 
Cibelli Marthos e Thiago Pantaleon
Foto: Arquivo pessoal/Fábio Miranda

Confira abaixo a entrevista na íntegra:

100C - Por que o jornalismo?
FM - Sempre gostei de escrever e me dava bem na escola por causa disso (eu acho), até dividia as tarefas com um amigo, enquanto ele desenhava os mapas para mim, eu escrevia os textos para ele. Mas tenho a lembrança de o meu pai acordar bem cedo e ligar o rádio na Globo, então eu podia ouvir a vinheta de “O Globo no Ar”, e toda vez que entrava um repórter ao vivo, surgia outra vinheta: “Reportagem”, isso marcou muito. Além de programas como o “Documento Especial”, que passava na TV Manchete.

100C - Qual foi a sua trajetória no jornalismo?
FM - Ainda na faculdade eu estagiava no departamento de comunicação de uma empresa estatal, trabalhava como repórter de campo de um campeonato municipal, em São Paulo, e montei com alguns amigos um programa de esportes em uma rádio de Mogi das Cruzes. Já formado trabalhei no jornal Primeiramão, depois escrevi para dois jornais com foco em automóveis e motocicletas e trabalhei como freela em revistas como Gestão & Negócios, Mundo Pesca e Revista da Sociologia, além de outros veículos voltados para economia e gastronomia, até chegar no Diário do Alto Tietê, ou seja, já escrevi de peixe até o comportamento humano, hehehe.

100C - Se você não fosse jornalista, por qual profissão optaria? Por quê?
FM - Boa pergunta. Talvez algo ligado à sociologia ou antropologia. Gosto muito de estudar o comportamento humano. Minha pós-graduação é em Sociopsicologia, talvez eu ainda realize trabalhos nessa área.

100C - Qual foi a pior e a melhor pauta que você cobriu?
FM - A melhor é sempre aquela que a gente encontra os colegas e fica jogando conversa fora, hehehe, falando sério, gostei muito quando fui fazer a cobertura de um campeonato de caminhoneiros no autódromo de Interlagos. Os participantes tinham que mostrar as habilidades no volante, derrapando, contornado os cones, foi bem legal. De que quebra dei uma volta no circuito de carro, mas não me deixaram dirigir.
Como repórter de policial posso dizer que boa parte das pautas que cobri foram as piores que já fiz. Não no sentido de material publicado, mas o que vivenciei nesses momentos. Nunca me esqueço do caso em que pai e filha foram mortos em um ponto de ônibus, em Jundiapeba. Era dezembro e a menina estava indo levar uma carta ao Papai Noel, quando foi morta. Enquanto escrevia a matéria tive que parar algumas vezes para respirar e voltar ao texto.

100C - Se possível, destaque três colegas do jornalismo na região que você admira o trabalho.
FM - Assim você me deixa em maus lençóis. Gosto de todos, mas vou puxar sardinha para os amigos, hehehe. Vamos lá: Daniel Oliveira, que trabalhou no DS até pouco tempo, grande amigo meu; Cleber Lazo, meu amigo, colega de trabalho e padrinho do meu casamento, e Thiago Campos, também meu amigo e melhor repórter de esportes que já vi, ao menos é minha opinião, hehehe.

100C - Qual foi a sua maior alegria e a maior decepção com o jornalismo?
FM - A maior alegria é quando vejo que uma reportagem atingiu o ponto desejado, como por exemplo a solicitação de uma comunidade em melhorar a rua junto à prefeitura. Fiquei muito feliz uma vez quando li meu nome em um quadro, em uma escola da qual tinha entrevistados alunos e professores, em que me agradeciam pelo o que tinha feito, isso não tem preço.
Minha decepção é saber que não tenho a menor capacidade, tino, talento, escolha o que quiser, para ser repórter de televisão. Hehehe.

100C - Você tem alguma sugestão para o 100 Comunicação?
FM - Gosto muito do blog. Acesso bastante para ver as manchetes dos jornais. Gostaria de vê-lo atingindo outras regiões do Estado.

100C - Destaque um ponto positivo e um negativo do 100C.
FM - O ponto positivo é, sem dúvida, a volta do veículo. Precisamos de algo assim em nossa região, algo que nos una. Com certeza o ponto negativo é o time de futebol para qual o administrador do 100C torce.

100C - O que você mais gosta e o que você mais odeia nas pautas?
FM - A parte que mais gosto é de encontrar os amigos, poder fazer perguntas que ninguém pensou, essas coisas. O que mais odeio é o trânsito que enfrentamos até chegar nas pautas, e também quando algum colega acha que tem mais direito de entrevistar alguém do que você. Isso é péssimo.

100C - Você tem algum trabalho paralelo ao jornalismo? (ex.: blog, freela, entre outros)
FM - A gente sempre tem. Recentemente escrevi um livro sob encomenda que fala de sociedades extintas. É bom fugir um pouco daquilo que a gente escreve todo dia.

Foto: Arquivo pessoal/Fábio Miranda

Perguntas para quebrar o gelo:

100C - Conte duas ou mais situações engraçadas que você passou no jornalismo.
FM - Certa vez eu entrevistava um caminhoneiro para o jornal Primeiramão e ele me contou que quando foi descer do veículo, não viu onde estava pisando, e acabou caindo em um poço cheio de óleo lubrificante de um posto de gasolina. Quando foi sair estava todo lambuzado de óleo. Quando ele contou não me aguentei e comecei a rir.

100C - Destaque três atuais e três ex-companheiros de trabalho que você classifica como “fora do normal”, seja pela personalidade, loucura ou coisas do tipo. Explique:
FM - Hum vamos ver, três pessoas que trabalhei e que gostei muito foram essas: Patrícia Vilas, que me ensinou muita coisa sobre jornalismo, foi praticamente a primeira pessoa com quem trabalhei. Inventamos junto a expressão ‘como assim, como assim?’. Usávamos quando fazíamos uma pergunta e a pessoa não queria responder e dizia ‘como assim?’, ai retrucávamos falando o ‘como assim, como assim?’.
Michelle Raeder, que trabalhou comigo há uns cinco anos. Hoje sei diferenciar as palavras ‘automotivo’ e ‘automobilístico’ por causa dela. Gente finíssima, alias a gente se parece um pouco na personalidade. Ela gosta muito de usar a palavra ‘amigão’ quando está com raiva, hehehe.
Por último, mas não menos importante, falo de Juliana Klein, a popular ‘Jusão’. Figuraça, nos dávamos bem porque na época me que trabalhamos juntos adorávamos comer muito. Certa vez ela comia um sonho de creme, mas quando viu um sonho de doce de leite largou aquele que comia para atacar o outro doce. É claro que ninguém deixou. Poderia falar, ainda, de mais uns cinco.
Sobre os colegas atuais diria que Cristina Gomes é uma dessas pessoas que a gente tem que gostar. Sempre antena as solicitações dos repórteres e editores, tem que lidar com os dois lados e aguenta firme o rojão. Mas confesso que minha espinha gela quando ouço a frase: “Fábio, é o seguinte”. Ihhh, ai já vem bomba.
A japonesa mais sem graça do Alto Tietê, Cladia Irente, também merece destaque. Junto comigo ela faz as vezes de repórter policial e ficamos trocando ideia e sugestões de textos para os crimes cometidos na região. Ela faz um chá verde que é duro de aguentar. Também traz para a redação umas paradas de algas marinhas, vitória régia, aguapé para comer enquanto trabalha. Horrível. Prefiro quando ela traz pastel.
E Fernanda Fernandes, a popular Fêfê, minha colega de mesa. Se um dia cair um meteoro no Brasil e eu estiver trabalhando, quero estar do lado dela. Diferente da Cláudia, Fêfê leva bolachas, biscoitos, doces, um monte de coisa para comer e não engorda.

100C - De onde nasceu esse seu interesse em seriados e desenhos japoneses? Classifique os 5 melhores de cada categoria.
FM - Ah, isso vem desde quando eu estudava no primário. Corria para casa depois da escola para ver as series. Me imaginava sendo um daqueles heróis, tentando defender as maquetes de Tóquio, hehehe. Impossível alguém não ter assistido essas séries e não ter levado uma lição para a vida toda.
Meu ranking:
1 – Jaspion. O melhor de todos, pioneiro do gênero que explodiu aqui no Brasil. Único japonês com cabelo crespo no mundo. O tempo de transformação era de três segundos e lutava com um vilão chamado Satãgoss, um Darth Vader de saias.
2 – Changeman. O ‘Esquadrão Relâmpago’ ensinou que trabalhar em equipe era a melhor do que sozinho. Confesso que o Rei Bazoo me dava calafrios.
3- Jiraiya. Jaspion era o que mais gostava, mas se pudesse ser um herói seria Jiraiya, acho que era porque era mais próximo da realidade e tinha aquele Mazda preto, com o desenho de um ninja no capô. Aliás o pai do personagem Toha, que faz o herói principal, pertencia de fato ao clã de Togakure, do qual Jiraiya faz parte na série.
4- Jiban. O Policial de Aço, do serviço secreto do setor de segurança, era uma cópia do Robocop americano, de 1988, mas era bem mais legal. Já assisti o Robocop diversas vezes e vi falhas na armadura de metal, havia uma espécie de malha preta entre o braço do ciborgue e o resto do corpo. Jiban nunca passou por isso. Hehehe.
5- Minha menção honrosa vai para Spectreman, Ultraman, Ultraseven, Robô Gigante, entre outros. Apesar da explosão ter ocorrido com Jaspion, foi com esses caras que tudo começou.

Fábio entrevistando Zico
Foto: Arquivo pessoal/Fábio Miranda

Ping Pong

100C – Time
FM - Todo-Poderoso timão

100C – Desejo
FM - Conhecimento

100C – Música
FM - In my life - Beatles

100C – Jornalismo
FM - Canal para melhorar a vida das pessoas

100C – Passado
FM - Minha base como pessoa

100C – Presente
FM - A continuação do meu conhecimento e aprendizado

100C – Futuro
FM - Uma pessoa melhor do que sou hoje

100C – Se defina em uma única palavra
FM - Cético

100C – Deixe um recado para os alunos sonham ingressar no jornalismo.
FM - É uma área difícil, mas sempre haverá espaços para quem se dedica.

100C – Sugestão de três nomes que você gostaria de ver nesta seção:
FM - Claudia Irente, Fernanda Fernandes e Thiago Pantaleon

Fábio em conversa com o governador Geraldo Alckmin
Foto: Arquivo 100 Comunicação

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