terça-feira, 29 de novembro de 2011

Seção Raio-X nº 13 - Larissa Almeida


São poucos os jornalistas que ficam conhecidos por algo que não esteja ligado diretamente a sua profissão, mas a jornalista LARISSA ALMEIDA, 25 anos, conseguiu essa proeza por ser um verdadeiro “saco sem fundo”. Dona de uma fome avassaladora, Larica Almeida (como é conhecida) nasceu em Mogi das Cruzes e, atualmente, reside no município de Poá. Batalhando no jornalismo há seis anos, ela se define como uma pessoa de hábitos simples, que precisa apenas de um copo na mão, uma colher na outra e muitos amigos em volta. Acompanhe a entrevista na íntegra e conheça um pouco mais do “terror dos lanches e quitutes”.

100C - Quem é Larissa Almeida? (faça uma auto avaliação)
LA - Difícil hein.....Mas vamos lá. ‘Apesar dos tombos’, que já levei na vida, me considero uma pessoa feliz. Eu não preciso de muito para sorrir, basta apenas estar na companhia de amigos e com um copo na mão, rs. Meus amigos sempre me definem como extrovertida e meio louca, particularmente tenho que concordar com eles, afinal eu quero mesmo é ser feliz, seja do jeito que for. Ahhh...também dizem por aí, que eu sou comilona. Bom, resumindo sou uma pessoa de hábitos simples e que tenta se destacar na área profissional. 

100C - Por que o jornalismo?
LA - Meu pai também me fez essa pergunta quando eu falei para ele que ia fazer a faculdade de jornalismo. A vontade de me tornar uma jornalista, surgiu quando eu estava cursando o ensino médio. Uma professora de português que eu tive, sempre elogiava minhas redações e um dia comentou que eu poderia ser uma boa jornalista. Isso foi como um ‘start’, pois até então, pensava em cursar odontologia. A minha professora só poderia ter me dado um toque, que ser jornalista é a mesma coisa que ser pobre. Brincadeira...
Apesar de ser uma profissão que não dá muito dinheiro, mesmo que a ralação seja grande, eu amo o que faço. Assim que iniciei o curso de jornalismo, tive a certeza de que eu só seria feliz se exercesse a profissão de jornalista.

100C - Depois que você entrou para essa área, aonde você já trabalhou e em que cargo? Aonde você trabalha atualmente e há quanto tempo? Qual função exerce?
LA - Comecei a trabalhar na área quando ainda estava na faculdade. Meu primeiro trabalho foi na Rádio Metropolitana, depois trabalhei no Diário de Suzano, fiquei um tempo fazendo assessoria de imprensa para uma empresa em Arujá, depois fui para o Mogi News. Foi no Mogi News que eu consegui amadurecer, se assim posso dizer, no jornalismo. De início trabalhei na editoria de negócios, com uma equipe maravilhosa que me ajudou muito. Além do aprendizado, nessa equipe criei laços de amizade com pessoas maravilhosas. Ainda no Mogi News, o editor Márcio Siqueira, me convidou para integrar a equipe da editoria de Cidades, um convite que encarei com toda a coragem. Agora vivo um momento muito bom. Estou trabalhando na Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Poá. Fiz grandes amizades neste meu novo emprego e convivendo também com antigas amizades, não é mesmo Ronaldo Andrade? É um ambiente muito bom, afinal eu dou risada o dia inteiro e também posso fazer uns lanchinhos, durante o expediente...rsrs   

100C - Após os quatro anos de faculdade e esse período atuando na área, como você o jornalismo? É exatamente aquilo que você imaginava? Por quê?
LA - O jornalismo não é o que eu imaginava. O mercado de trabalho está restrito e, infelizmente vejo muitos amigos desempregados. A profissão está um pouco desvalorizada e muitas pessoas que se quer sabem o que é uma estrutura de um texto jornalístico, agora se sentem ‘os jornalistas’ e, pior, jornais com ética duvidosa surgindo em todo canto, feitos por qualquer um. É uma situação complicada. É preciso que todos enxerguem o jornalismo pela sua importância, pois o que seria de um mundo sem informação. Os jornalistas são prestadores de serviço, um serviço essencial para todos.

100C - Qual foi a pior e a melhor pauta que você cobriu?
LA - A pior pauta sempre foi cobrir enchentes. A melhor foi quando fui para uma pauta no Palácio dos Bandeirantes, onde entrevistei o governador e outros políticos. O melhor foi ouvir no dia seguinte da editora que a minha cobertura foi melhor do que a do jornal concorrente. Não que eu seja competitiva, mas porque me esforcei. Naquele dia sai do jornal, eram quase 22 horas, pois fechei uma página inteira com minhas matérias. Também gostei de uma cobertura que fiz, sobre prédios abandonados, em que me senti uma repórter investigativa. Observei durante um dia inteiro, as movimentações nesses imóveis e flagrei várias atitudes suspeitas.   

100C - Se possível, destaque três colegas do jornalismo na região que você admira o trabalho.
LA - A minha admiração é toda para a jornalista Maria Regina Almeida. Uma pessoa maravilhosa e extremamente generosa. A Rê me ensinou muito. Tudo o que eu precisava recorria a ela, que estava sempre pronta a ajudar. Além disso, ela me incentivou quando eu estava prestes a dar um passo maior dentro da profissão. Outra jornalista que merece destaque é a Suéller Costa. Muito dedicada, a Sú (minha super amiga) é estudiosa e faz um excelente trabalho na editoria de Variedades, do Mogi News. Ela é fera em português.

100C - O que é o jornalismo para você?
LA - É meio clichê, mas defino o jornalismo como uma Paixão. Mesmo com todas as dificuldades, sou uma profissional realizada, pois faço o que gosto. Nenhuma outra profissão me daria o prazer que eu sinto ao redigir uma matéria.

100C - O que você mais gosta e o que você mais odeia nas pautas?
LA - Gosto das pautas em que é servido um lanchinho...rsrsrs...Brincadeira. O que eu gosto nas pautas é quando consigo uma ótima informação, que vai render uma boa matéria e, principalmente, que você vai dar um ‘furo’ de notícia.
Agora, eu odeio pautas comerciais. Fazer matéria para cliente do jornal é um ‘saco’. Primeiro, o cliente exige que você escreva do jeito dele, como se o jornalista fosse ele, segundo, você tem que fazer o maior esforço para que a pessoa entenda que o texto não pode ser redigido da maneira como ela quer e, terceiro, ser educado, mesmo que o cliente seja grosso.  

100C - Qual foi a sua maior alegria e a maior decepção com o jornalismo?
LA - A maior alegria sem dúvida foi ver minha primeira matéria publicada. A decepção é o salário do jornalista.   

100C - Você tem alguma sugestão para o 100 Comunicação?
LA - Tenho sim. Seria interessante que o blog tivesse um espaço, em que os fotógrafos pudessem postar suas melhores fotos. Seria uma forma para eles mostrarem o seu trabalho, principalmente aqueles que estão começando a exercer a profissão.

100C - Destaque um ponto positivo e um negativo do 100C.
LA - O ponto positivo é o canal de comunicação que o blog criou entre os jornalistas. O lado negativo é postar vídeos das pessoas comendo, senhor editor do 100 Comunicação.

100C - O que você espera para o seu futuro profissional?
LA - Ser reconhecida pelo meu trabalho e competência.   

Perguntas para quebrar o gelo:

100C - Conte duas ou mais situações engraçadas que você passou durante as pautas.
LA - No começo da minha carreira, insistia em ir trabalhar de sapato de salto. Isso realmente não combinava quando ia para pautas em lugares que as ruas eram de terra ou esburacadas. Sempre levava tombos fenomenais e os fotógrafos riam muito. Aprendi e agora só trabalho de tênis ou sapatilha. Mesmo assim, essas situações engraçadas ainda acontecem, já que eu sou meio desastrada.

100C - Destaque três atuais e três ex-companheiros de trabalho que você classifica como “fora do normal”, seja pela personalidade, loucura ou coisas do tipo. Explique:
LA - O que mais tem nesse meio, são pessoas loucas, quer dizer com uma personalidade interessante. Destaque para o fotógrafo Adriano Vaccari (o sem limites). Trabalhei com ele no Mogi News e me divertia com o seu jeito maluco de ser. Ah, ele é um super dançarino também. Sua desenvoltura na dança é espetacular. Ele requebra bem no funk, no axé e no sertanejo. Outro companheiro é o fotografo Irineu Junior (Diário de Suzano). Esse me vence, quando o assunto é comida. Nas pautas com lanchinho, ele certamente estará rodeando a mesa. É nessa hora que eu sempre encontro ele. Trabalhei com o Juninho no Diário de Suzano. Ele é uma figuraça, que sempre me fez rir durante as pautas, com as suas conversas ‘pecaminosas’.  

100C - Você ficou conhecida no 100C como Larica Almeida devido aos inúmeros ataques ferozes que realizou contra qualquer coisa comestível que vê pela frente. Como você vê esse novo rótulo que você ganhou?
LA - É injusto, porque eu nem me alimento direito e olha que estou em fase de crescimento. Acho que preciso comer mais.

100C - De onde vem essa fome incontrolável e assustadora que você sente em pequenos intervalos como, por exemplo, da hora que acorda até a hora de dormir?
LA - Sei lá, acho que devo ter uma lombriga.

100C - No 100C você aparece em um vídeo tendo um momento especial e único com um lanche, onde é possível ler os seus pensamentos, você sempre tem esse relacionamento afetivo com a comida antes de destroçá-la? O que houve naquele momento em que o vídeo foi feito?
LA - Era o meu momento, o meu momento especial. Vocês já ouviram dizer que a hora de comer é sagrada? Eu levo isso a sério. Eu me alimento devagar, até para sentir o sabor da comida. Aliás, responder essas perguntas me deu fome.

100C - O que você achou do “descarte” do diploma para o exercício do jornalismo? Aproveite e deixe um recado para o Gilmar Mendes.
LA - Simplesmente ridículo. Estudei muito para ser jornalista. Para ter tomado uma decisão dessas, só posso deduzir que o senhor Gilmar Mendes deve ter comprado o diploma dele. 

Ping Pong

100C - Time
LA - São Paulo

100C - Desejo
LA - Ser feliz sempre

100C - Música
LA - Equalize, da Pitty (ultimamente essa música traduz o meu atual momento)

100C - Jornalismo
LA - Minha paixão

100C - 100 Comunicação
LA - Canal de comunicação

100C - Passado
LA - Aprendizado

100C - Presente
LA - Larissa experiente

100C - Futuro
LA - Constituir família (olha só que evolução)

100C - Se defina em uma única palavra
LA - Extrovertida

100C - Deixe um recado para os alunos que sonham ingressar no jornalismo.
LA - Vão fazer Engenharia!!! 

CONFIRAM as demais entrevistas no Arquivo da Seção Raio-X clicando aqui!

2 comentários:

  1. Minha querida sobrinha, fico feliz por ser mais uma guerreira no ramo de jornalismo. Você é da turma dos novos. Eu já completo 30 anos de jornalista formado no ano que vem. Mas sou muito feliz também pela minha profissão e principalmente pela minha convicção. Tu sabes que sou um torcedor da "fila do gargarejo" também do seu trabalho, mas principalmente da minha sobrinha querida. Beijão de todos aqui.
    Donato Gregorini e Cia. Ilimitada.

    PS: Estamos esperando vocês no Rincão rsrsrs. Alugamos uma casa até março. Inté.

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  2. LARICA REPORTE BONITA E GOSTOSA

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