A terceira entrevistada do
Espaço Foca é ARIANE Sabrina de NORONHA, 20 anos, que cursa o 6º semestre de
Jornalismo na UMC (Universidade de Mogi das Cruzes) e é estagiária do Grupo
Mogi News. Nasceu e viveu (enquanto pequena) até os seus 12 anos em Guararema
e, hoje, AINDA pequena reside em Mogi das Cruzes. Confiram a entrevista e
conheçam mais dessa foquinha que é muito querida pelos companheiros de sala e
profissão.
100C - Quem é Ariane Noronha?
(faça uma auto avaliação)
AN - Sou uma pessoa tranquila,
bem humorada e que procura sempre ver o lado positivo das coisas que acontecem
em minha vida, por piores que elas possam parecer. Gosto de me sentir útil e me
esforço para dar o melhor de mim em tudo o que me é proposto. Difícil me ver
triste, de “cara fechada” e, quem me conhece, há de concordar. Adoro uma
bagunça com os amigos e dar boas risadas.
100C - Por que o jornalismo?
AN - Desde pequena tive
interesse em cursar jornalismo, mas nunca foi algo definitivo para mim. Já
pensei em fazer psicologia, biologia marinha, pedagogia e até artes cênicas. A
decisão de fazer jornalismo mesmo aconteceu uns quatro ou cinco meses antes de
eu terminar o 3° ano do Ensino Médio. Sempre gostei da disciplina de Língua Portuguesa
na escola e de ler. Isso me motivou a começar o curso e também recebi incentivo
de profissionais da área.
100C - O que você espera do
jornalismo?
AN - Sinceramente, não sei se
espero muita coisa, não (risos). Acredito que a profissão poderia ser mais
valorizada, pois vários profissionais deste meio ralam muito, se esforçam pra
caramba para produzir grandes matérias, se arriscam, ultrapassam o horário
estipulado em contrato, mas não são reconhecidos por isso. A volta do diploma é
o mínimo que deveria acontecer.
100C - Você é estagiário da
Mogi News desde quando? Esse é o seu primeiro estágio? Se não for, aonde mais
você estagiou?
AN - Sou estagiária do Grupo
Mogi News desde maio de 2010 e é o meu primeiro estágio na área. Diga-se, de
passagem, o jornal é uma escola para mim.
100C - Durante esse tempo de
estágio como você avalia o jornalismo? É exatamente o que você esperava?
AN - Gosto do que faço e já
imaginava que o meu dia a dia seria corrido a partir do momento em que
começasse a trabalhar no jornal. Porém, antes de começar meu estágio ou até
mesmo nos primeiros dias na redação, tinha uma visão, digamos que mais ingênua
das coisas. Confesso que me decepcionei um pouco por descobrir que às vezes o
jornalista tem de deixar de escrever determinado ponto na matéria ou abordar
tal assunto por questões terceiras. Já cheguei a acreditar por instantes que
isso poderia mudar um dia, mas logo desconsiderei. Sendo assim, avalio que o
jornalismo não é exatamente como eu esperava.
100C - Se possível, destaque
três colegas de universidade que você admira e que acredita que terão futuro no
jornalismo?
AN - Serão grandes
profissionais, com certeza, minhas amigas Luana Nogueira, Larissa Murata e
Fernanda Santos. As três têm grande potencial e obviamente farão sucesso na
carreira jornalística.
100C - Como você avalia o seu
curso? A universidade está bem estruturada e oferece uma qualidade de ensino
adequada? Por quê?
AN - O curso de jornalismo na
UMC já foi mais elogiado. Acredito sim que a universidade tem estrutura
adequada para oferecer qualidade no ensino. O que falta é investir em
equipamentos e em professores. A UMC tem deixado de investir no curso de
comunicação social e, inclusive deixou “escapar” professores super gabaritados,
com potencial para lecionar aulas de excelentíssima qualidade. Minha sala é a
última turma a se formar em Jornalismo. A falta de aluno para aperfeiçoar o
curso não é desculpa porque todo ano a faculdade é procurada por estudantes
interessados pela área.
100C - O que você acha da
decisão da Justiça, via Gilmar Mendes, sobre a queda da obrigatoriedade do
diploma de Jornalismo para exercer a profissão?
AN - Uma palhaçada. E eu to
cansada de ouvir piadinhas de amigos que fazem outros cursos me dizendo: “Eu
também sou jornalista!” (risos).
100C - Você tem alguma
sugestão para o 100 Comunicação?
AN - O 100 Comunicação está bem
dinâmico e atrativo. Talvez, poderia abrir espaço para que repórteres
contassem, em textos curtos, algumas situações engraçadas, micos ou algo
semelhantes, que já passaram durante uma pauta. Talvez um relato por semana.
100C - Pelas conversas que
vocês alunos têm em sala de aula, na sua opinião, qual é a maior dificuldade e
o que mais é agradável dentro do jornalismo para os futuros jornalistas que
ainda estão em formação?
AN - A maior dificuldade é
ganhar salário de estagiário e ter responsabilidade de repórter. A mais
agradável, sem dúvida, é sempre ter algo diferente para apurar e escrever, o
que faz com que aprendamos um pouco mais a cada matéria.
Perguntas para quebrar o gelo:
100C - O que é pior, se formar
em um curso onde o diploma está sem moral nenhuma ou sobreviver com o salário
de estagiário?
AN - Páreo duro, viu? Me
esforço, trabalho, estudo, chego em casa todos os dias depois das 22 horas e
sobrevivo com um salário de estagiário. Como se não bastasse, ainda tenho amigo
que, mesmo vendo meu empenho, ainda fala que é jornalista sem precisar fazer
todo esse esforço.
100C - Em se tratando de
jornalismo, onde você aprende mais, na Universidade ou na redação? Por quê?
AN - Na redação. Teoria é preciso
sempre e é na universidade que aprendo. Mas acredito que um jornalista só se
torna jornalista de fato quando passa por uma redação. É lá que você conhece a
realidade da profissão e adquire conhecimento prático.
100C - Você trabalha ou já
trabalhou só com figuraças da imprensa regional: Adriano Vaccari, Daniel
Carvalho, Osvaldo Birke, Vivian Turcato, Cibelli Marthos. Qual deles é o “pior”
e por quê?
AN - Todos ali não batem muito bem da cabeça.
Não sei definir qual é o pior (risos). O Vaccari é o engraçadão, o retardado da
fotografia. O Dani Carvalho (o besta), é o gente boa e o que curte as minhas
músicas do celular no caminho da pauta. O Birke foi o que tive menos contato da
fotografia, mas é um profissional de tirar o chapéu. A Vivian é aquela que se
acha a vovó da redação, do tipo que fala pra mim: “Ai que lindo o seu esmalte
colorido. Pena que não tenho mais idade para isso”. A Cibelli, a jovem, canta o
dia toooooodo a tal música “Tchetchererê tche tche”, do tal Gustavo Lima e
acaba incomodando o trabalho desta estagiária (ela vai brigar comigo quando ler
isso). Não posso esquecer do “idiotinha” do Anderson Fernandes, que senta na
minha frente, é um palhaço e ainda me apelidou de “estágios”.
100C - Você também se encaixa
no perfil “nano repórter”. Quais são as vantagens e as desvantagens de “toda”
essa estatura?
AN - Ahh! Eu não sou tãããão
baixinha assim! Tenho 1,62. Devo ter crescido um pouco mais, porque faz tempo
que não meço. A ultima vez faz uns 3 anos (risos). Por enquanto, não tive
vantagens ou desvantagens por ter toda essa estatura não.
100C - Como você avalia esse
espaço que foi criado pelo 100C voltado para os alunos de Jornalismo?
AN - Achei muito bacana pois
possibilita que conheçamos um pouco nossos colegas de profissão. O
100 Comunicação está de parabéns pela iniciativa.
100C - Deixe um recado para os
seus amigos focas que estão sonhando em ingressar nesta no jornalismo.
AN - Ser jornalista é ter que
se dedicar à profissão totalmente e ser curioso. É provável que tenha que abrir
mão de feriados, festas de fim de ano com a família, fins de semana e tudo mais
para ir trabalhar, “feliz e contente”, num dia de plantão. Você vai se
estressar com entrevistado, com a pauta chata que te passaram, com a assessoria
que demora a responder, com o salário, com prazo pra entregar matéria pro
editor. Porém, como eu falei acima, tudo, para mim, tem o lado positivo: no
jornalismo você aprende muito e acredito que por mais que não vá exercer a
profissão pelo resto da vida, a experiência adquirida nesse meio será levada
para sempre. O investimento não é em vão. No jornalismo você acaba criando um
senso mais crítico para tudo, além de ouvir os mais diversos relatos de
variadas pessoas. E é legal quando você sente que aprendeu algo com isso.
Quando sai da entrevista e pensa: “que assunto legal. Valeu a pena”. Isso é
prazeroso. O bom também é que não há rotina, pois a cada dia é um assunto novo.
O importante é sempre se dedicar e procurar expandir seu conhecimento. Isso
trará benefício para si próprio, independentemente da profissão que escolher.
CONFIRAM as entrevistas com outros foquinhas no arquivo do Espaço Foca.
PARABÉNS PELA ENTREVISTA!
ResponderExcluirSó uma coisa... Agora é PÁREO duro, né Ariane? HAHAHA... NUNCA vou esquecer aquele dia na aula de rádio... Acho que a Larissa Miki deve lembrar do que estou falando!
Fora as piadinhas e lembranças, parabéns à Ariane e, principalmente ao 100 Comunicação!
Ariane Sabrina, Ariadne, Estagiaria ou simplesmente BESTA, o que dizer dela? Pessoa maravilhosa, trabalhadora, uma menina na sua meiguice e aparência mas uma mulher na sua essência, uma grande parceira de pautas, que muito em breve vai dar o que falar pois é muito competente e não tenho duvidas que vai alçar grandes vôos assim como outros amigos da região podem acreditar.Parabéns BESTA bjão, (já dei muita moral pra ela rsrsrs..)
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