sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Espaço Foca nº 03 - Ariane Noronha

 A terceira entrevistada do Espaço Foca é ARIANE Sabrina de NORONHA, 20 anos, que cursa o 6º semestre de Jornalismo na UMC (Universidade de Mogi das Cruzes) e é estagiária do Grupo Mogi News. Nasceu e viveu (enquanto pequena) até os seus 12 anos em Guararema e, hoje, AINDA pequena reside em Mogi das Cruzes. Confiram a entrevista e conheçam mais dessa foquinha que é muito querida pelos companheiros de sala e profissão.

100C - Quem é Ariane Noronha? (faça uma auto avaliação)
AN - Sou uma pessoa tranquila, bem humorada e que procura sempre ver o lado positivo das coisas que acontecem em minha vida, por piores que elas possam parecer. Gosto de me sentir útil e me esforço para dar o melhor de mim em tudo o que me é proposto. Difícil me ver triste, de “cara fechada” e, quem me conhece, há de concordar. Adoro uma bagunça com os amigos e dar boas risadas.

100C - Por que o jornalismo?
AN - Desde pequena tive interesse em cursar jornalismo, mas nunca foi algo definitivo para mim. Já pensei em fazer psicologia, biologia marinha, pedagogia e até artes cênicas. A decisão de fazer jornalismo mesmo aconteceu uns quatro ou cinco meses antes de eu terminar o 3° ano do Ensino Médio. Sempre gostei da disciplina de Língua Portuguesa na escola e de ler. Isso me motivou a começar o curso e também recebi incentivo de profissionais da área.

100C - O que você espera do jornalismo?
AN - Sinceramente, não sei se espero muita coisa, não (risos). Acredito que a profissão poderia ser mais valorizada, pois vários profissionais deste meio ralam muito, se esforçam pra caramba para produzir grandes matérias, se arriscam, ultrapassam o horário estipulado em contrato, mas não são reconhecidos por isso. A volta do diploma é o mínimo que deveria acontecer.

100C - Você é estagiário da Mogi News desde quando? Esse é o seu primeiro estágio? Se não for, aonde mais você estagiou?
AN - Sou estagiária do Grupo Mogi News desde maio de 2010 e é o meu primeiro estágio na área. Diga-se, de passagem, o jornal é uma escola para mim.

100C - Durante esse tempo de estágio como você avalia o jornalismo? É exatamente o que você esperava?
AN - Gosto do que faço e já imaginava que o meu dia a dia seria corrido a partir do momento em que começasse a trabalhar no jornal. Porém, antes de começar meu estágio ou até mesmo nos primeiros dias na redação, tinha uma visão, digamos que mais ingênua das coisas. Confesso que me decepcionei um pouco por descobrir que às vezes o jornalista tem de deixar de escrever determinado ponto na matéria ou abordar tal assunto por questões terceiras. Já cheguei a acreditar por instantes que isso poderia mudar um dia, mas logo desconsiderei. Sendo assim, avalio que o jornalismo não é exatamente como eu esperava.

100C - Se possível, destaque três colegas de universidade que você admira e que acredita que terão futuro no jornalismo?
AN - Serão grandes profissionais, com certeza, minhas amigas Luana Nogueira, Larissa Murata e Fernanda Santos. As três têm grande potencial e obviamente farão sucesso na carreira jornalística.

100C - Como você avalia o seu curso? A universidade está bem estruturada e oferece uma qualidade de ensino adequada? Por quê?
AN - O curso de jornalismo na UMC já foi mais elogiado. Acredito sim que a universidade tem estrutura adequada para oferecer qualidade no ensino. O que falta é investir em equipamentos e em professores. A UMC tem deixado de investir no curso de comunicação social e, inclusive deixou “escapar” professores super gabaritados, com potencial para lecionar aulas de excelentíssima qualidade. Minha sala é a última turma a se formar em Jornalismo. A falta de aluno para aperfeiçoar o curso não é desculpa porque todo ano a faculdade é procurada por estudantes interessados pela área.

100C - O que você acha da decisão da Justiça, via Gilmar Mendes, sobre a queda da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para exercer a profissão?
AN - Uma palhaçada. E eu to cansada de ouvir piadinhas de amigos que fazem outros cursos me dizendo: “Eu também sou jornalista!” (risos).

100C - Você tem alguma sugestão para o 100 Comunicação?
AN - O 100 Comunicação está bem dinâmico e atrativo. Talvez, poderia abrir espaço para que repórteres contassem, em textos curtos, algumas situações engraçadas, micos ou algo semelhantes, que já passaram durante uma pauta. Talvez um relato por semana.

100C - Pelas conversas que vocês alunos têm em sala de aula, na sua opinião, qual é a maior dificuldade e o que mais é agradável dentro do jornalismo para os futuros jornalistas que ainda estão em formação?
AN - A maior dificuldade é ganhar salário de estagiário e ter responsabilidade de repórter. A mais agradável, sem dúvida, é sempre ter algo diferente para apurar e escrever, o que faz com que aprendamos um pouco mais a cada matéria.

Perguntas para quebrar o gelo:

100C - O que é pior, se formar em um curso onde o diploma está sem moral nenhuma ou sobreviver com o salário de estagiário?
AN - Páreo duro, viu? Me esforço, trabalho, estudo, chego em casa todos os dias depois das 22 horas e sobrevivo com um salário de estagiário. Como se não bastasse, ainda tenho amigo que, mesmo vendo meu empenho, ainda fala que é jornalista sem precisar fazer todo esse esforço. 

100C - Em se tratando de jornalismo, onde você aprende mais, na Universidade ou na redação? Por quê?
AN - Na redação. Teoria é preciso sempre e é na universidade que aprendo. Mas acredito que um jornalista só se torna jornalista de fato quando passa por uma redação. É lá que você conhece a realidade da profissão e adquire conhecimento prático.

100C - Você trabalha ou já trabalhou só com figuraças da imprensa regional: Adriano Vaccari, Daniel Carvalho, Osvaldo Birke, Vivian Turcato, Cibelli Marthos. Qual deles é o “pior” e por quê?
AN - Todos ali não batem muito bem da cabeça. Não sei definir qual é o pior (risos). O Vaccari é o engraçadão, o retardado da fotografia. O Dani Carvalho (o besta), é o gente boa e o que curte as minhas músicas do celular no caminho da pauta. O Birke foi o que tive menos contato da fotografia, mas é um profissional de tirar o chapéu. A Vivian é aquela que se acha a vovó da redação, do tipo que fala pra mim: “Ai que lindo o seu esmalte colorido. Pena que não tenho mais idade para isso”. A Cibelli, a jovem, canta o dia toooooodo a tal música “Tchetchererê tche tche”, do tal Gustavo Lima e acaba incomodando o trabalho desta estagiária (ela vai brigar comigo quando ler isso). Não posso esquecer do “idiotinha” do Anderson Fernandes, que senta na minha frente, é um palhaço e ainda me apelidou de “estágios”.

100C - Você também se encaixa no perfil “nano repórter”. Quais são as vantagens e as desvantagens de “toda” essa estatura?
AN - Ahh! Eu não sou tãããão baixinha assim! Tenho 1,62. Devo ter crescido um pouco mais, porque faz tempo que não meço. A ultima vez faz uns 3 anos (risos). Por enquanto, não tive vantagens ou desvantagens por ter toda essa estatura não.

100C - Como você avalia esse espaço que foi criado pelo 100C voltado para os alunos de Jornalismo?
AN - Achei muito bacana pois possibilita que conheçamos um pouco nossos colegas de profissão. O 100 Comunicação está de parabéns pela iniciativa.

100C - Deixe um recado para os seus amigos focas que estão sonhando em ingressar nesta no jornalismo.
AN - Ser jornalista é ter que se dedicar à profissão totalmente e ser curioso. É provável que tenha que abrir mão de feriados, festas de fim de ano com a família, fins de semana e tudo mais para ir trabalhar, “feliz e contente”, num dia de plantão. Você vai se estressar com entrevistado, com a pauta chata que te passaram, com a assessoria que demora a responder, com o salário, com prazo pra entregar matéria pro editor. Porém, como eu falei acima, tudo, para mim, tem o lado positivo: no jornalismo você aprende muito e acredito que por mais que não vá exercer a profissão pelo resto da vida, a experiência adquirida nesse meio será levada para sempre. O investimento não é em vão. No jornalismo você acaba criando um senso mais crítico para tudo, além de ouvir os mais diversos relatos de variadas pessoas. E é legal quando você sente que aprendeu algo com isso. Quando sai da entrevista e pensa: “que assunto legal. Valeu a pena”. Isso é prazeroso. O bom também é que não há rotina, pois a cada dia é um assunto novo. O importante é sempre se dedicar e procurar expandir seu conhecimento. Isso trará benefício para si próprio, independentemente da profissão que escolher.   

CONFIRAM as entrevistas com outros foquinhas no arquivo do Espaço Foca.

2 comentários:

  1. PARABÉNS PELA ENTREVISTA!

    Só uma coisa... Agora é PÁREO duro, né Ariane? HAHAHA... NUNCA vou esquecer aquele dia na aula de rádio... Acho que a Larissa Miki deve lembrar do que estou falando!

    Fora as piadinhas e lembranças, parabéns à Ariane e, principalmente ao 100 Comunicação!

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  2. Ariane Sabrina, Ariadne, Estagiaria ou simplesmente BESTA, o que dizer dela? Pessoa maravilhosa, trabalhadora, uma menina na sua meiguice e aparência mas uma mulher na sua essência, uma grande parceira de pautas, que muito em breve vai dar o que falar pois é muito competente e não tenho duvidas que vai alçar grandes vôos assim como outros amigos da região podem acreditar.Parabéns BESTA bjão, (já dei muita moral pra ela rsrsrs..)

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