terça-feira, 20 de setembro de 2011

Seção Raio-X nº 03 - Márcia Dias


A terceira entrevistada do Seção Raio-X é uma pessoa tão querida quanto polêmica, tão divertida quanto direta em seus comentários, dona de uma personalidade única no jornalismo em nossa região. A editora do jornal AT Notícias, MÁRCIA REGINA DIAS, 37 anos, a Mamba Loira (não entendeu clique aqui), abriu o jogou em contou histórias até de quando ainda não havia nascido, mas que podem explicar porque ela é assim, desse jeito... rsrs

Natural de Santo André/SP, Márcia reside no município de Mogi das Cruzes desde 1983, porém, somente 12 anos depois (1995) ela deu inicio a sua brilhante carreira de jornalista atuando pelo Diário de Mogi, ainda quando cursava Jornalismo na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Dona de um senso de humor raro que lembra a lendária Dercy Gonçalves e a atriz Cláudia Jimenez, adora um solo de guitarra e saxofone, além do funk de James Brown e, apesar de ser corinthiana desde que nasceu, com certeza é uma das profissionais da imprensa mais queridas do Alto Tietê.


100C - Quem é Márcia Dias? (faça uma auto avaliação)
MD - MÁRCIA = se origina de Marte, o deus da guerra; REGINA = do latim, rainha; DIAS = 24 horas do dia que faz parte da minha vida. Então, sou eu que faço meu destino, e procuro viver cada instante da minha vida como se fosse o último, me arrisco demais, às vezes da certo, outras não, aí não adianta culpar Deus e nem o diabo. Já me arrebentei muito nessa vida, mas olhei pra Deus, respirei fundo, juntei os cacos e segui adiante. Como boa geminiana, odeio o tédio da normalidade e amo a loucura da diversidade. Gosto dos tabus justamente pelo prazer de quebrá-los, amo e defendo os animais porque eles são mais sinceros do que muitos humanos, também amo cozinhar e sei fazer tricô, faço tai chi chuan para tentar superar meu problema de ansiedade. Sou uma evangélica batizada em piscina ungida com óleo no ano de 2002, mas tatuada e apaixonada por todas as religiões, porque todas elas levam a Deus, e tudo o que é visto de bom grado por Deus, é abençoado.

100C - Por que o jornalismo?
MD - Jornalismo é novidade, é informação, é crescimento pessoal e profissional, antes de ser jornalista, fiz magistério e dei aulas de alfabetização para uma turminha da Prontidão. Só que aí me toquei que minha vida profissional ultrapassava as quatro paredes de uma sala de aula, senti que eu precisava acompanhar a rotação do planeta, onde fatos acontecem durante 24 horas por 365 dias do ano, aí me lancei no jornalismo. Não consigo ficar longe disso porque está no sangue de quem nasceu curioso, ama a novidade e curte a polêmica. Ah, e essa tal de polêmica me acompanha desde o dia em que nasci. Tudo começou no dia 26 de maio de 1974, quando a coitada da minha mãe foi ao hospital para dar luz a essa escriba. De repente, ela escorregou e caiu de lado e um monte de gente gritou “acudam à grávida”, outros FDP já amaldiçoavam, dizendo “a criança morreu”. Minha mãe conta que nem o estetoscópio e o “pré-histórico” raio-X conseguiam captar meus batimentos cardíacos e todos haviam dado certeza da minha morte. O meu pai (in memorian) foi no boteco, encheu o pandú de pinga e voltou para o hospital gritando que ia matar todo mundo caso eu nascesse morta, após dois dias de confusão, chegou um parteiro invocado com essa muvuca e operou minha mãe. Segundo ela, o médico pastou para me pegar pelos pés porque eu estava totalmente retraída, fechada feito tatu-bola como forma de se proteger contra o impacto do escorregão que ela sofreu na entrada do hospital. Portanto, eu estava viva! O barato aconteceu quando o médico conseguiu me puxar pelos pés e eu dei um berro tão forte, que alguns parentes que saíram para preparar minha certidão de óbito, voltaram para comemorar o meu nascimento. E minha vida sempre foi marcada por polêmicas... rs

100C - Depois que você entrou para essa área, você já trabalhou aonde, onde trabalha atualmente e há quanto tempo?
MD - Comecei no Diário de Mogi (1195-1996), depois Mogi News (1996-2008 entre idas e vindas), Rádio Revista, Partido da República (2004-2005), Revista Femme (2008-2009) Diário de Suzano (desde 2009, onde atuo também na rádio Sempre Mais FM) e AT Notícias. Também presto assessoria de imprensa para a Roberto Najar Imóveis.

100C - Qual foi a pior e a melhor pauta que você cobriu?
MD -  A melhor pauta aconteceu quando eu trabalhava no Mogi News, em 1997, onde descobrimos a verdadeira cartomante que atendia Suzana Marcolino, a namorada do PC Farias. O casal foi assassinado em Alagoas, e essa cartomante me mostrou fotos e diversas provas que mostravam sua amizade com a Suzana, adorei viver essa descoberta. A pior pauta aconteceu quando eu era repórter policial do Mogi News e fui cobrir uma chacina no Raffo, onde uma família foi metralhada. O chão da casa estava forrado com cápsulas deflagradas de pistolas 765, 38, 380. Eu quis entrar em um dos cômodos da casa e estava com dificuldade de abrir a porta. Quando olhei para baixo, era o corpo do filhinho do casal morto, crivado de balas e caído ao lado da porta. Cena horrível...

100C -  Se possível, destaque três colegas do jornalismo na região que você admira o trabalho.
MD -  Darwin Valente, Geraldo Rodrigues e Mel Tominaga.

100C - O que é o jornalismo para você?
MD - Muito mais do que notícia, representa fatos que poderão influenciar a minha vida e eu preciso ficar atenta a isso.

100C - O que você mais gosta e o que você mais odeia nas pautas?
MD - Detesto fazer matéria em velório e reportagens que envolvem números, sou uma negação com números. Em contrapartida, eu amo o jornalismo investigativo.

100C - Qual foi a sua maior alegria e a maior decepção com o jornalismo?
MD - Minha decepção foi a cagada do nobre Gilmar Mendes em proclamar o fim da obrigatoriedade do nosso diploma e a minha maior alegria é ver o pessoal comentando o meu trabalho como editora do AT, porque finalmente consegui quebrar o rótulo de repórter policial que me marcou o couro por quase 12 anos. Gosto de fazer matérias policiais, mas não é só isso que sei fazer.

100C - Você tem alguma sugestão para o 100 Comunicação?
MD - Parar de me chamar de MAMBA LORA.... rs.... Precisamos retomar a luta do diploma e cobrar os nossos nobres deputados, temos que buscar aliados dentro das universidades e torná-las nossas parceiras pela causa.

100C - Uma vez jornalista e sempre jornalista ou ainda pretende trocar de área? Por quê?
MD - or tudo o que já respondi dá para notar que não tem como eu sair dessa... kkkkkkk

100C -  O que você espera do seu futuro pessoal e profissional?
MD - Ser feliz! Desisti de fazer planos porque não se concretizavam, acho que era olho gordo... rs.... mas, como acredito na célebre frase “quem planta, colhe”, procuro sempre plantar a boa semente para que me renda bons frutos amanhã.

FUGINDO DO TEMA (Questões para quebrar o gelo)
  
100C - Fale um pouco sobre o seu blog e o que te levou a criá-lo.
MD - Além de monitorar o blog da imobiliária, criei em maio deste ano o “Diário da Obesidade” justamente para me manter firme no meu compromisso de emagrecer, tanto é que as pessoas acompanham e me cobram quando fico muito tempo sem postar algo. E o resultado disso tudo é que minha calça saiu no número 50 e pulou para o 48. É muito bom isso!

100C - Você anda se arriscando em Paqueras Virtuais, após tantas conversas, qual é a sua impressão sobre essa nova modalidade de flerte dos dias atuais?
MD - Eu não me arrisco não, porque me divirto com tanta palhaçada que vejo por parte de quem se acha um Don Juan. Depois, lamento pelo fim dos bons tempos em que você oferecia uma música para aquela pessoa especial e depois escrevia bilhetinhos apaixonados. Isso sim era flertar. Hoje não, o assunto já é tratado na cama! E para onde vai aquela curtição da paquera? A resposta é para o inferno, porque se você cobra isso hoje em dia, vira alvo de chacota. 

100C - Você foi desmascarada pelo 100 Comunicação e teve o seu passado “justiceira” quando você atendia pelo codinome “Mamba Loira”. Fale um pouco sobre esse seu passado:
MD - Put@ que p@riu, é só a gente jurar que não vai mais falar palavrão e surge esse banzé dos quintos do inferno com essa pergunta pra me apunhalar o saco. Como diz Julien Pereira: INFERRRRNO! “MAMBA LOIRA” CONTINUA LÁ NA CASA DO CARAI%*O E VAI FICAR POR UM BOM TEMPO LÁ.

CONFIRA as demais entrevistas do mês de setembro com Fábio Henriques e Érica França

4 comentários:

  1. Show de bola a entrevista. Parabéns. A Márcia é demais.

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  2. Marcita é Top Top Top!

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  3. Muito legal a entrevista da Márcia que abriu o coração e mostra sem papas na língua mesmo, o grande ser humano e competente profissional que é.

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  4. Marcinha amei sua entrevista, esta é você, uma pessoa e profissional verdadeira, que ama o que faz e aliás "faz muito bem". Te adoro, você é d+++++++++ !! Parabenizo também,ao 100 Comunicação, que mantém a autenticidade da matéria, e escolheu "a melhor" para esta entrevista!! Um grande abraço Reportér Fotografico Luciana Moura

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