terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Seção Raio-X nº 15 - Mirielly de Castro


A jornalista MIRIELLY de Oliveira CASTRO (TV Diário) é a estrela da 15ª Seção Raio-X e, durante essa entrevista, ela fala sobre o Jornalismo, a sua vida e o novo desafio de sua carreira que é apresentar o Diário Comunidade. Nascida em Guaratinguetá e residindo atualmente em Mogi das Cruzes, Mirielly atua na profissão há cerca de 10 anos, tendo em seu currículo passagens por alguns veículos de comunicação do Vale do Paraíba. Segundo ela, o fato de ser filha de psicóloga com artista plástico diz muito em relação a sua personalidade, pois é equilibrada, responsável ao extremo, impulsiva e guerreira. Na vida pessoal sempre gosta de estar com a família, o namorado e as pessoas que ama, “Acho que isso faz a vida valer a pena”, afirmou. Confira a entrevista na íntegra e conheça mais de Mirielly de Castro.

100C - Quem é Mirielly Castro? (faça uma auto avaliação)
MC - Sou uma pessoa que tem uma estrutura familiar muito sólida, princípios e um caráter inabalável. Sou uma pessoa intensa e bastante impulsiva. Na vida profissional, entro de cabeça em tudo que faço, sou responsável e muito dedicada. Atualmente estou feliz com os novos desafios e oportunidades na TV Diário, mas ainda falta conquistar um objetivo, eu venho lutando pra que isso aconteça em breve. Quem sabe em 2012!

100C - Por que o jornalismo?
MC - Desde criança eu já assistia os jornais com meus pais e tinha vontade de estar ali, contando histórias e dando notícias que causam reações nas pessoas. Na escola, sempre que possível, apresentava os trabalhos em formato de entrevistas, uma vez entrevistei Oswaldo Cruz para falar sobre a vida dele, estudei numa escola com esse nome, eu era a repórter e um colega de classe o Oswaldo Cruz, ficou muito legal, acho que foi na quinta ou sexta-série, rs. Escrevia pra todos os jornais e folhetins do colégio, além disso, sempre gostei de estar em contato com pessoas, de ouvir histórias e por um bom tempo, na adolescência, eu trabalhei com o público. A ideia de ser jornalista foi amadurecendo e quando entrei na faculdade estava muito certa de que essa era a carreira que eu queria seguir, até então, não sabia exatamente em qual área.

100C - Depois que você entrou para essa área, aonde você já trabalhou e em que cargo? Aonde você trabalha atualmente e há quanto tempo? Qual função exerce?
MC - Trabalho na área desde o segundo ano de faculdade, comecei em veículos do Vale do Paraíba onde morava e estudava. Minhas primeiras oportunidades foram em jornais impressos, pequenos de interior, mas bem tradicionais, o primeiro foi o “Atos Diário” de Lorena e logo depois o “Classe líder” de Cruzeiro. Ainda universitária resolvi experimentar Rádio, tive um programa, com mais dois amigos, chamado Juventude em Foco na Rádio Cultura que é da BandVale AM. Já no terceiro ano de faculdade fui pra Assessoria de Imprensa como estagiária numa multinacional AmstedMaxion-Fundição e Equipamentos Ferroviários, enquanto isso também fazia free-lance aos finais de semana pra Revista 4x4 e Cia. Depois de formada optei por Assessoria de Imprensa e fui morar em São Paulo, lá trabalhei numa empresa de Assessoria Pública que atendia prefeituras, câmaras e autarquias do Estado. Depois disso surgiu uma oportunidade de voltar pro Vale e passei a trabalhar como assessora de comunicação do Depar – Departamento de Ação Reginal da FIESP (Federação das Indústrias do estado de São Paulo) e, consequentemente fazia trabalhos para o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), nessa época também virei professora voluntária e dava aula de Comunicação Empresarial no curso de Assistente Administrativo do Projeto Escola de Vida e Trabalho do SENAI. Depois de alguns anos resolvi arriscar uma nova área do jornalismo: TV. Foi então que tive uma grande oportunidade de cobrir férias na TV Diário e me apaixonei pela função, apesar de gostar muito de assessoria e já ter uma certa experiência não tive dúvidas de que queria o telejornalismo, um mês depois fui contratada como produtora, isso há cerca de três anos e meio. Hoje continuo como produtora, faço reportagens e recentemente comecei a apresentar o programa Diário Comunidade. Ufa, é isso!

100C - Depois desse tempo atuando na área, como você vê o telejornalismo? É exatamente aquilo que você imaginava? Por quê?
MC - Na minha opinião, é um canal de informação como outro qualquer, com suas particularidades e características, mas sempre respeitando a imparcialidade e a veracidade da notícia. Eu não tinha muita noção dessa pressão do dia a dia. Passei anos em Assessoria de Imprensa, é uma área em que a gente trabalha muito, tanto quanto, mas o ritmo é outro. No começo essa corrida contra o tempo me tirava do sério, cheguei a ficar perdida e bastante assustava. Hoje já estou acostumada.

100C - Qual foi a pior e a melhor pauta que você cobriu?
MC - Acho que as piores foram nos jornais pequenos de interior, esses veículos são uma escola, a gente vai pra rua, tem estrutura, apura, corre atrás de pauta e escreve muito, mas hora ou outra sempre aparece um jabá e nesses casos não há escolha, tem que ir e tem que fazer, uma vez eu cobri a inauguração de lixeiras recicláveis numa praça, foi cruel. A melhor foi o Lançamento do Filme Tropa de Elite 2, por causa dos problemas de pirataria do primeiro filme esse foi exibido numa sessão especial em Paulínia apenas para o elenco, imprensa e convidados. A estrutura foi incrível com um esquema de segurança reforçado e a reação do público no cinema foi tão emocionante que algumas cenas foram aplaudidas em pé. Loucura isso no cinema. Já fiz a cobertura de vários longas da Globo Filmes pela TV Diário mas esse foi marcante.

100C - Se possível, destaque três colegas do jornalismo na região que você admira o trabalho.
MC - Não consigo pensar em apenas três, seria uma injustiça citar alguns nomes quando na verdade eu admiro pontos diferentes em profissionais de várias áreas e veículos aqui da região. Na minha própria equipe tem profissionais com características marcantes que eu procuro me espelhar, isso desde a produção até a chefia.

100C - O que é o jornalismo para você?
MC - Ofício, responsabilidade e paixão. É uma profissão que forma opiniões e mexe com a vida das pessoas, por isso, tem que ser sério e imparcial.

100C - Qual foi a sua maior alegria e a maior decepção com o jornalismo?
MC - A minha maior alegria no jornalismo foi quando o Dino Rodrigues, editor chefe da TV, me deu a notícia de que eu seria contratada. Eu estava há anos em assessoria de imprensa e não sabia se ainda conseguiria uma oportunidade em TV quando percebi que essa era a área que eu queria seguir, já que a maioria começa como estagiário. Decepção, graças a Deus eu nunca tive, já fiquei chateada algumas vezes, claro, mas nada que pudesse rotular como decepção, acho essa palavra muito forte.

100C - Você tem alguma sugestão para o 100 Comunicação?
MC - Acho o blog bem atrativo, ficaria ainda melhor se fosse um site, divido por editorias.

100C - Destaque um ponto positivo e um negativo do 100C.
MC - É bacana ter acesso aos “bastidores” da imprensa regional. Enquanto a maioria dos profissionais está voltada pra notícia alguém do 100 Comunicação está observando esses profissionais, isso é muito interessante e diferenciando. Não tenho um ponto negativo pra destacar.

100C - O que você mais gosta e o que você mais odeia nas pautas?
MC - Gosto de pautas objetivas e com informações claras. Além disso, gosto de organização, fontes e tamanhos padrões. Na produção procuro pautar como se fosse pra mim, sempre pensando nesses detalhes, odeio que seja ao contrário. Sou muito organizada com as minhas coisas, tanto em casa quanto no trabalho. Nem sempre fui assim, rs.

100C - O que você espera para o seu futuro profissional?
MC - Novos desafios, sempre! Aprender a cada dia e jamais ser consumida pela inércia.

100C - Você tem algum trabalho paralelo junto a TV? (ex.: blog, freela, entre outros)
MC - A TV me consome bastante, no bom sentido. Estou sempre disponível, seja pra produção, viagens de trabalho ou externas, sendo assim, procuro me dedicar 100%. Este ano ministrei uma disciplina de 16 horas no SENAI de Mogi, de comunicação oral e escrita para o curso de Assistente Administrativo, como era um trabalho extra com datas e horários pré-definidos foi legal e não interferiu na minha rotina.

100C - Você começou recentemente a apresentar o Diário Comunidade, o que significa esse novo passo na sua carreira e qual é a importância?
MC - Estou muito feliz com o novo desafio e com a confiança da chefia. Já tive um envolvimento com o Diário Comunidade, como produtora na época do Ricardo Café, que hoje está no Moginews. Acho que apresentar um programa é uma responsabilidade muito grande e ao mesmo tempo uma oportunidade de ouro. Estou aprendendo muito, pois participo de todas as etapas. Eu estudo o assunto, o perfil dos entrevistados e escrevo o programa que depois é revisado pela Valéria. É tudo muito recente, a equipe me dá retornos, broncas (rs) e dicas depois de cada gravação, sempre tem algo pra melhorar. Meu lema é nunca cometer os mesmos erros até encontrar uma estabilidade.

Perguntas para quebrar o gelo:

100C - Conte duas ou mais situações engraçadas que você passou no jornalismo.
MC - Não consigo pensar em nada engraçado pra contar, confesso que queria ter mais senso de humor.

100C - Destaque três atuais e três ex-companheiros de trabalho que você classifica como “fora do normal”, seja pela personalidade, loucura ou coisas do tipo. Explique:
MC - Tenho muito cuidado pra não magoar ou ofender as pessoas, esse é um exercício que eu faço diariamente, sendo assim, prefiro não arriscar.

100C - O que é mais difícil, aturar aquelas pautas chatas e intermináveis ou o Saulo Tiossi? Por quê?
MC - Pautas chatas e intermináveis acontecem esporadicamente, mas acontecem. Eu conto até dez, me concentro e procuro tirar o melhor e o mais interessante de cada situação. Já o Saulo é um fofo, cuidadoso, querido e um ótimo namorado, por isso têm crédito quando exige uma certa paciência. Isso também acontece esporadicamente, mas acontece, rs. Eu uso a mesma técnica, conto até dez e me concentro pra não perder as estribeiras. Mas olha, acho que ele precisa fazer isso com mais frequência do que eu.... reconheço que sou bem chatinha e cheia de manha.

Ping Pong

100C - Time
MC - Flamengo no Rio de Janeiro. Corinthians em São Paulo

100C - Desejo
MC - Ser feliz sempre

100C - Música
MC - Como os nossos pais (Elis Regina) – poderia citar muitas outras da MPB, meu estilo preferido

100C - Jornalismo
MC - Paixão e trabalho

100C - 100 Comunicação
MC - Arrojado

100C - Passado
MC - Lembranças boas

100C - Presente
MC - O agora

100C - Futuro
MC - Realizações

100C - Se defina em uma única palavra
MC - Guerreira

100C - Deixe um recado para os alunos sonham ingressar no jornalismo.
MC - Aproveitem o período de faculdade pra aprender e experimentar várias áreas do jornalismo. Não tenham medo de arriscar, o importante é ter foco. O resultado nem sempre é imediato, é preciso ter paciência. Os princípios, a ética e o caráter devem estar acima de tudo.

CONFIRAM  as demais entrevistas no arquivo da Seção Raio-X clicando aqui!!

2 comentários:

  1. A Mirielly é um amor de pessoa e uma grande profissional. Foi muito bom te-la como colega de trabalho (enquanto estive estagiando na TV Diário) e como amiga.
    Espero encontra-la muitas vezes pelas pautas da vida e desejo muito sucesso!
    Parabéns equipe do 100c pela entrevista e pelo Blog!

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  2. Linda, adorei sua entrevista. Você viu como é diferente? Responder questionamentos é mais difícil do que fazê-los. E além de todos os desafios que você citou na entrevista, este você também superou com maestria. Um beijo! Saulo

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