terça-feira, 25 de outubro de 2011

Seção Raio-X nº 08 - Julien Pereira

Foto: Ronaldo Andrade

O fotógrafo da Secom/Poá, JULIEN PEREIRA, 30 anos, é o entrevistado da 8ª edição da Seção Raio-X que, todas as terças-feiras apresenta um profissional da imprensa com o objetivo de aproximar a classe, visando uma união e interação entre todos os “comunicólogos”.


Fotógrafo de poucas palavras, excelente profissional e uma grande pessoa, essa é a melhor maneira de definir a personalidade do Julien que utilizou essa entrevista para criar intrigas e até para fazer ameaças contra o editor do 100C, Ronaldo Andrade. A capacidade deste “infeliz” que nasceu em Mogi das Cruzes e, atualmente reside em Poá, é tão grande que, apesar de estar apenas há 02 anos e 06 meses no fotojornalismo, ele já apresenta um material fotográfico de altíssima qualidade. Alguns afirmam que é um material comprado, mas não apresentaram provas até o momento...rs Confiram a entrevista na integra e conheçam um pouco mais desse camarada que merece todo o nosso respeito e admiração.

100C - Quem é Julien Pereira? (faça uma auto avaliação)
JP - Bom, sou um cara bem tranquilo, procuro cultivar as amizades que tenho, sou muito chato, tenho TOC (Transtorno Compulsivo Obsessivo), só quem convive comigo pra saber, ou não. Gosto de descontrair o ambiente em que estou, apesar de ser muito tímido, embora possa não parecer. Bem resumidamente é isso.

100C - Por que o Fotojornalismo?
JP - Porque sim, oras! Rs. Brincadeira... Ao longo dos meus trinta anos, comecei diagramando o jornal do meu pai, trabalhei com comunicação visual, fui cinegrafista e editor de imagem em uma tv por internet, tive um programa de rádio junto com os amigos Fábio Henriques e Roberto Coutinho, mas comecei a me interessar pelo fotojornalismo em 2007, quando abri o meu próprio jornal, “O Semanão”, junto mais uma vez com o sócio e amigo Fábio Henriques. No Semanão, além de diagramar comecei a fazer fotos, e me identifiquei com essa forma de comunicar. O jornal teve um tempo de vida muito breve e, apesar de termos uma ótima linha editorial, fechamos por falta de recursos financeiros. Mas isso não fez com que eu abandonasse meu objetivo, comecei uma empreitada de autodidata, li várias coisas sobre fotografia, procurei conhecer sobre equipamentos e em abril de 2009 fui contratado pela Prefeitura de Poá onde comecei a fotografar profissionalmente. De lá pra cá, tenho cada vez mais certeza em que fiz a opção certa e que, através do fotojornalismo, posso expressar a visão que tenho das coisas.

100C - Depois que você entrou para essa área, como você a define? Ela é exatamente o que você esperava?
JP - Sim, é exatamente o que eu esperava, mesmo com todas as dificuldades que um repórter fotográfico enfrenta. Defino a profissão com uma palavra: Fantástico.

100C - Qual foi a pior e a melhor pauta que você cobriu?
JP - A pior pauta pra mim é cobrir velório, me sinto um entruso. A melhor pauta ainda está por vir.

100C - Se possível, destaque três colegas do jornalismo e fotojornalismo na região que você admira o trabalho.
JP - Na região destaco o meu amigo Fernando Araújo, com quem venho aprendendo a cada dia de trabalho na Secom/Poá. Toni Pires, atualmente editor de Fotografia da Isto É Dinheiro, e também foi meu professor de Fotojornalismo. E James Nachtwey, da revista Time, um excelente fotógrafo especializado em cobrir conflitos.

100C - O que é o fotojornalismo para você?
JP - É uma arma pacífica para documentar desigualdade, fatos sociais, momentos felizes, de dor, momentos históricos e culturais. A fotografia é o que nos induz a leitura e a lembrança de fatos. A foto é boa quando passa a informação antes mesmo da legenda.

100C - O que você mais gosta e o que você mais odeia nas pautas?
JP - O que eu mais gosto é quando a pauta rende boas fotos, que transmitam a mensagem e gere o interesse do receptor. O contrário disso, que não seria odiar e, sim chatear, é quando a pauta não rende.

100C - Qual foi a sua maior alegria e a maior decepção com o fotojornalismo?
JP - Minha maior alegria é poder, através do fotojornalismo, fazer parte de momentos marcantes para a história e memória das pessoas. Decepção ainda não tive e acredito que não venha a ter, pois tenho uma visão bem racional no que diz respeito a profissão, ela pode vir através de atitudes de pessoas, isso sim é mais propenso a acontecer, mas com certeza não tirará a minha determinação.

100C - Você tem alguma sugestão para o 100 Comunicação?
JP - Penso que o 100C deve migrar o quanto antes para um site próprio, mantendo o formato de blog, assim ficará melhor para implantar as novas ideias que o Ronaldo Andrade tem em mente.

100C - O que você espera para o seu futuro profissional?
JP - Espero continuar cobrindo muitas pautas e dentro em breve sair da Assessoria de Imprensa e partir pra redação de um jornal ou então intensificar o trabalho que já desenvolvo como freelance na agência Foto Arena, executando trabalhos para veículos de mídia impressa e on-line em diversas editorias como: Moda, Cidades, Política, Eventos de música, Cultura, entre outros..  E ficar rico claro!

100C - Quanto custa em média um bom equipamento fotográfico para quem estiver interessado em entrar na área? Detalhe quais são os equipamentos:
JP - Um bom equipamento para começar, fora do Brasil vai custar em torno de U$ 5.100, seria um kit básico um corpo de câmera, uma lente zoom grande angular, uma tele e um flash.

Perguntas para quebrar o gelo:

100C - Conte duas ou mais situações engraçadas que você passou durante as pautas.
JP - Uma foi quando eu subi numa pedra para fotografar o assunto de cima e a pedra deslizou (veja aqui), por sorte consegui me equilibrar. Outra vez estava fazendo uma pauta em que uma senhora estava palestrando/encenando para um grupo da Melhor Idade, e ela veio em minha direção com os olhos arregalados e os braços abertos para me abraçar, eu me encolhi atrás da câmera e continuei fotografando, as fotos ficaram um pouco assustadoras. No momento e pela hora que é agora (02h01) – é o que eu lembro. Rs.

100C - Como você se sente se tornando uma celebridade, sendo conhecido como Garoto 100 Comunicação?
JP - Desconheço esse título!

100C - Quando é que você vai fazer um curso para aprender a fotografar?
JP - Quando você se propor a pagar. Rs.

100C - A cada ano que se passa a Campanha “Dê um abraço no Julien” (veja aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui) ganha novos adeptos, como você vê essa corrente do bem em torno de uma causa tão nobre que é fazer você deixar de ser um coitado?
JP - Aff...

100C - Mande um recado para todos que participaram da sua Campanha:
JP - O recado na verdade vai para uma pessoa só, o dono desse Blog, Ronaldo Andrade, venha-me com essa campanha no ano que vem que você vai ver só onde vai parar!

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