Foto: Ronaldo Andrade
O fotógrafo da Secom/Poá, JULIEN
PEREIRA, 30 anos, é o entrevistado da 8ª edição da Seção Raio-X que, todas as
terças-feiras apresenta um profissional da imprensa com o objetivo de aproximar
a classe, visando uma união e interação entre todos os “comunicólogos”.
Fotógrafo de poucas palavras,
excelente profissional e uma grande pessoa, essa é a melhor maneira de definir
a personalidade do Julien que utilizou essa entrevista para criar intrigas e
até para fazer ameaças contra o editor do 100C, Ronaldo Andrade. A capacidade deste
“infeliz” que nasceu em Mogi das Cruzes e, atualmente reside em Poá, é tão
grande que, apesar de estar apenas há 02 anos e 06 meses no fotojornalismo, ele
já apresenta um material fotográfico de altíssima qualidade. Alguns afirmam que
é um material comprado, mas não apresentaram provas até o momento...rs Confiram a entrevista na
integra e conheçam um pouco mais desse camarada que merece todo o nosso
respeito e admiração.
100C - Quem é Julien Pereira?
(faça uma auto avaliação)
JP - Bom, sou um cara bem
tranquilo, procuro cultivar as amizades que tenho, sou muito chato, tenho TOC
(Transtorno Compulsivo Obsessivo), só quem convive comigo pra saber, ou não. Gosto
de descontrair o ambiente em que estou, apesar de ser muito tímido, embora
possa não parecer. Bem resumidamente é isso.
100C - Por que o
Fotojornalismo?
JP - Porque sim, oras! Rs.
Brincadeira... Ao longo dos meus trinta anos, comecei diagramando o jornal do
meu pai, trabalhei com comunicação visual, fui cinegrafista e editor de imagem
em uma tv por internet, tive um programa de rádio junto com os amigos Fábio
Henriques e Roberto Coutinho, mas comecei a me interessar pelo fotojornalismo em
2007, quando abri o meu próprio jornal, “O Semanão”, junto mais uma vez com o
sócio e amigo Fábio Henriques. No Semanão, além de diagramar comecei a fazer
fotos, e me identifiquei com essa forma de comunicar. O jornal teve um tempo de
vida muito breve e, apesar de termos uma ótima linha editorial, fechamos por
falta de recursos financeiros. Mas isso não fez com que eu abandonasse meu
objetivo, comecei uma empreitada de autodidata, li várias coisas sobre
fotografia, procurei conhecer sobre equipamentos e em abril de 2009 fui
contratado pela Prefeitura de Poá onde comecei a fotografar profissionalmente.
De lá pra cá, tenho cada vez mais certeza em que fiz a opção certa e que,
através do fotojornalismo, posso expressar a visão que tenho das coisas.
100C - Depois que você entrou
para essa área, como você a define? Ela é exatamente o que você esperava?
JP - Sim, é exatamente o que
eu esperava, mesmo com todas as dificuldades que um repórter fotográfico
enfrenta. Defino a profissão com uma palavra: Fantástico.
100C - Qual foi a pior e a melhor pauta que
você cobriu?
JP - A pior pauta pra mim é
cobrir velório, me sinto um entruso. A melhor pauta ainda está por vir.
100C - Se possível, destaque
três colegas do jornalismo e fotojornalismo na região que você admira o
trabalho.
JP - Na região destaco o meu
amigo Fernando Araújo, com quem venho aprendendo a cada dia de trabalho na
Secom/Poá. Toni Pires, atualmente editor de Fotografia da Isto É Dinheiro, e também
foi meu professor de Fotojornalismo. E James Nachtwey, da revista Time, um
excelente fotógrafo especializado em cobrir conflitos.
100C - O que é o fotojornalismo para você?
JP - É uma arma pacífica para
documentar desigualdade, fatos sociais, momentos felizes, de dor, momentos
históricos e culturais. A fotografia é o que nos induz a leitura e a lembrança
de fatos. A foto é boa quando passa a informação antes mesmo da legenda.
100C - O que você mais gosta e
o que você mais odeia nas pautas?
JP - O que eu mais gosto é
quando a pauta rende boas fotos, que transmitam a mensagem e gere o interesse
do receptor. O contrário disso, que não seria odiar e, sim chatear, é quando a
pauta não rende.
100C - Qual foi a sua maior
alegria e a maior decepção com o fotojornalismo?
JP - Minha maior alegria é
poder, através do fotojornalismo, fazer parte de momentos marcantes para a história
e memória das pessoas. Decepção ainda não tive e acredito que não venha a ter,
pois tenho uma visão bem racional no que diz respeito a profissão, ela pode vir
através de atitudes de pessoas, isso sim é mais propenso a acontecer, mas com
certeza não tirará a minha determinação.
100C - Você tem alguma
sugestão para o 100 Comunicação?
JP - Penso que o 100C deve
migrar o quanto antes para um site próprio, mantendo o formato de blog, assim
ficará melhor para implantar as novas ideias que o Ronaldo Andrade tem em mente.
100C - O que você espera para
o seu futuro profissional?
JP - Espero continuar cobrindo
muitas pautas e dentro em breve sair da Assessoria de Imprensa e partir pra
redação de um jornal ou então intensificar o trabalho que já desenvolvo como
freelance na agência Foto Arena, executando trabalhos para veículos de mídia
impressa e on-line em diversas editorias como: Moda, Cidades, Política, Eventos
de música, Cultura, entre outros.. E
ficar rico claro!
100C - Quanto custa em média
um bom equipamento fotográfico para quem estiver interessado em entrar na área?
Detalhe quais são os equipamentos:
JP - Um bom equipamento para
começar, fora do Brasil vai custar em torno de U$ 5.100, seria um kit básico um
corpo de câmera, uma lente zoom grande angular, uma tele e um flash.
Perguntas para quebrar o gelo:
100C - Conte duas ou mais
situações engraçadas que você passou durante as pautas.
JP - Uma foi quando eu subi
numa pedra para fotografar o assunto de cima e a pedra deslizou (veja aqui),
por sorte consegui me equilibrar. Outra vez estava fazendo uma pauta em que uma
senhora estava palestrando/encenando para um grupo da Melhor Idade, e ela veio
em minha direção com os olhos arregalados e os braços abertos para me abraçar,
eu me encolhi atrás da câmera e continuei fotografando, as fotos ficaram um
pouco assustadoras. No momento e pela hora que é agora (02h01) – é o que eu
lembro. Rs.
100C - Como você se sente se
tornando uma celebridade, sendo conhecido como Garoto 100 Comunicação?
JP - Desconheço esse título!
100C - Quando é que você vai
fazer um curso para aprender a fotografar?
JP - Quando você se propor a
pagar. Rs.
100C - A cada ano que se passa
a Campanha “Dê um abraço no Julien” (veja aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui) ganha
novos adeptos, como você vê essa corrente do bem em torno de uma causa tão
nobre que é fazer você deixar de ser um coitado?
JP - Aff...
100C - Mande um recado para
todos que participaram da sua Campanha:
JP - O recado na verdade vai
para uma pessoa só, o dono desse Blog, Ronaldo Andrade, venha-me com essa
campanha no ano que vem que você vai ver só onde vai parar!
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