sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Espaço Foca nº 01 - Vivian Fernandes


O 100 Comunicação lança hoje o “Espaço Foca” que tem como objetivo apresentar para os profissionais da imprensa e para as redações e assessorias da região, os novos jornalistas que estão em fase de formação e prontos para dar início a essa nova fase de suas vidas. As entrevistas serão publicadas duas vezes por mês, sempre as sextas-feiras. Vale ressaltar que essa nova sessão nasceu a partir da sugestão da jornalista Marilucy Cardoso (TV Diário) que pediu algo que fosse voltado para os alunos de Jornalismo. Essa sugestão serviu de base para essa ideia que foi criada pela 1ª Dama do 100C, Juliana Gomes. Muito Obrigado!

Para abrir essa nova seção, convidamos VIVIAN FERNANDES, 20 anos, estagiária do jornal AT Notícias e aluna da UMC (Universidade de Mogi das Cruzes), onde ela ingressou após ter tentado na Casper Libero. A foca é moradora do município de Mogi das Cruzes e está cursando o 6º semestre (3º ano) de Jornalismo

100C - Quem é Vivian Fernandes?
VF - Vivian Fernandes é uma garota - e muito - sentimental. Tenta ser carinhosa com suas amigas e com todos que estão à sua volta e muitas vezes acaba sendo mal interpretada em função disso. Sempre tenta dar o melhor de si para tudo o que tem que fazer. Adora dar risada e odeia quando é contrariada ou criticada sem motivos. É totalmente apaixonada por animais, em especial a Casy, cachorrinha vira-lata que considera filha. Não sei, acho que é isso.

100C Por que o Jornalismo?
VF - Na verdade sempre gostei muito de escrever, fotografar, estar por dentro das notícias. Acho que sou uma das únicas pessoas que não querem mudar o mundo, mesmo porque sei que não é possível. As pessoas são muito influenciáveis, mas por quem tem grana, como políticos. A imprensa sempre fica em segundo plano. Você pode descobrir um baita de um escândalo, mas se o envolvido paga bem à órgãos maiores, simplesmente o direito de imprensa de publicar o ocorrido é vetado, como no caso de Kaltmaier.
Acho que o fato de a minha mãe ser professora de português também ajudou - e muito. Sempre falam que os filhos seguem os passos dos pais. Como não tenho paciência e não sou doida de seguir a mesma carreira que ela, encontrei uma profissão que tinha um pouco do que ela ensina.

100C - O que você espera do Jornalismo?
VF - Putz... Boa pergunta. HAHA. Sinceramente, eu espero que seja uma profissão mais respeitada e que um dia a população enxergue que não há só o repórter de TV e não é este que faz o programa e reportagem sozinho. Tem muita gente atrás de qualquer veículo de comunicação e os que menos aparecem são os que mais merecem reconhecimento.

100C - Você é estagiária do AT Notícas desde quando? É o seu priemiro estágio?
VF - Bom, tudo começou na Assessoria de Imprensa de Arujá, no ano de 2009, quando o senhor Amarildo Augusto recrutou alguns alunos da UMC para fazer um "estágio" de 15 dias nos 53º Jogos Regionais, atualizando o site do campeonato com notícias. Depois fui para o jornal A Semana, onde fiquei por sete meses e saí para entrar no AT, no dia 08 de setembro deste ano. Fora isso já fui freelancer no Boticário e ajudo no marketing da imobiliária Estelar Imóveis, em Mogi das Cruzes.

100C - Durante esse tempo de estágio, como você avalia o Jornalismo? É exatamente o que você esperava? 
VF - No começo eu fazia mais matérias comerciais, agora que entrei no AT estou podendo expressar mais minha opinião. Acho que a diferença entre os jornais me fez ter um contato bem grande com diferentes tipos de "jornalismo". Acho que é isso que eu quero. Tive experiências maravilhosas que estão me ajudando muito. Tá certo que ainda estou meio confusa, pois não sei se quero fazer pós em Marketing ou Moda (já que me apaixonei pelos textos da Vogue), mas ainda tenho um ano para pensar nisso. Sou nova ainda.

100C - Destaque três colegas da universidade que você admira e acredita que terão futuro no Jornalismo?
VF - Destaco sempre Fernanda Cristina dos Santos, Cláudia Soares, Larissa Miki Murata, Luis Diogo Araújo e Gabriela Hosomi Pasquale. Sei que você pediu três, mas não posso deixar nenhuma de fora!

100C - Como você avalia o seu curso? A universidade está bem estruturada e oferece uma qualidade de ensino adequada? Por quê?
VF - No início o curso era ótimo. Como é articulado por projeto, mesmo quem não atua na área tem um contato muito forte com todos os tipos de mídia. No primeiro ano é mais teórico, mas no segundo existe um projeto chamado Entrevê, onde os alunos precisam apresentar uma Revista, um blog e um programa de rádio, no terceiro o Superação, onde é feito o jornal Página UM, trimestralmente, um site e uma reportagem de TV e o vôo solo, onde pode ser escolhido o meio que vai ser feito. No meu caso, escolherei um livro-perfil. Quanto a isso, a universidade é ótima, porém ela parou de investir no curso, não abrindo mais turmas e mandando ótimos professores embora, como nossos queridos Roberto Medeiros e Sérsi Bardari, o que desvalorizou demais o Jornalismo. A UMC preferiu dar a chance para a UBC investir mais no curso. E nós, alunos, que vamos nos ferrar por conta disso.

100C - O que você acha da decisão da Justiça, via Gilmar Mendes, sobre a queda da obrigatoriedade do diploma de Jornalismo para exercer a profissão?
VF - Quanto ao diploma - desvalorizou DEMAIS a profissão, infelizmente. Porém uma coisa eu entendo. Um economista que entende demais do assunto não precisa mesmo fazer jornalismo para poder trabalhar em um veículo de comunicação para falar do que sabe, já que é expert em sua formação. Porém não precisava tirar a obrigatoriedade do diploma. Assim, todos os twitteiros estão achando que são jornalistas, e não é bem assim que funciona. Por um lado eu entendo, mas discordo totalmente da posição de Mendes. 

100C - O 100 Comunicação está preparando um estudo para preparar uma espécie de tabela de referência para freelas no Alto Tietê, uma vez que, a tabela do sindicato não condiz com a realidade da nossa região. Você é a favor ou contra? Por quê?
VF - Sou a favor. Se os freelas cobrarem um preço parecido, os veículos não vão preferir quem cobra menos, já que o dinheiro muitas vezes fala mais alto que a qualidade. Não estou criticando ninguém. Mas entre um cara ótimo que cobra R$100 e um razoável que cobra R$50, o que cobra menos vai levar a melhor. Infelizmente em muitos casos é assim.

100C - Você tem alguma sugestão para o 100 Comunicação?
VF - Você poderia abrir um espaço para destacar os profissionais que sairam de nossa região para trabalhar em veículos maiores. Acho que seria muito interessante!

100C - Pelas conversas que vocês alunos têm em sala de aula, na sua opinião, qual é a maior dificuldade e o que mais é agradável dentro do jornalismo para os futuros jornalistas que ainda estão em formação?
VF - As dificuldades estão na desvalorização da profissão e no famoso QI, onde se a pessoa não conhece ninguém, também dificilmente arrumará uma vaga. O mais agradável é poder escrever no ramo em que quer. Se no início não consegue, pode ter um blog bem conceituado para que logo mais seja reconhecido. Confuso, mas você entendeu! hahahaha

PERGUNTAS PARA QUEBRAR O GELO:
100C - Você sabia que a sua editora Márcia Dias é dona de um passado negro e que ela já foi uma justiceira em Mogi das Cruzes, conhecida como Mamba Loira (Não entendeu, clique aqui)?
VF - HAHAHA. Sei mais ou menos da história porque ela me contou. Só não sei o porque do Mamba Loira. QUERIA MUITO saber, mas não pergunto pra ela senão ela vai me mandar pra aquele lugar! HAHAHAHAHA

100C - O que é pior, se formar em um curso onde o diploma está sem moral nenhuma ou sobreviver com o salário de estagiário?
VF - Vixe... Acho que sobreviver com salário de estagiário! HAHAHAHA. Ué... O que adianta ter diploma? Daniela Albuquerque também tem e alega ser ótima modelo e que jornalismo tem tudo a ver com isso. Eu acho que ela se vê com uma jornalista maravilhosa e isso dá medo. O diploma está no chão, mas quando as pessoas sabem que você trabalha em um veículo de comunicação, te respeitam mais.

100C - Em se tratando de jornalismo, onde você aprende mais, na Universidade ou no jornal? Por quê?
VF - Sem dúvidas no jornal. A Semana foi uma grande escola e sempre vou agradecer à Fabíola Pupo e Vânia Sousa pela oportunidade. Além das matérias comerciais, tive contato com políticos, incluindo Geraldo Alckmin, o que me auxiliou em técnicas. A Márcia Dias também está me ajudando muito. Ela sempre aponta meus erros, quando não sei me expressar, além de me apresentar para vários contatos, como você mesmo, Ronaldo, e o grupo 100 Comunicação, e isso é ótimo não só para minha formação, mas também para minha carreira. No 'A Semana' também tive muito contato com fotografia, profissão que seguiria fácil caso o jornalismo fosse por água abaixo!

100C - Deixe um recado para os seus amigos focas que estão sonhando em ingressar nesta no jornalismo.
VF - Bom, não é uma profissão fácil. O cansaço é diferente. É mental. Você tem que ser responsável demais, principalmente na hora de divulgar uma fala de alguém. Alguma coisa que você faça e, de repente não agrada certa pessoa, pode te levar a um processo, e isso não é legal. Tem que ter uma cabeça preparada para ouvir críticas, pois não é fácil se esforçar para fazer certa matéria e, de repente inverterem o que foi falado só para te criticar. Também tem que ter um tempinho disponível, pois dependendo do meio, você pode receber uma ligação de madrugada para sair na mesma hora para fazer uma matéria. Tem que realmente amar o Jornalismo para exercê-lo bem.


Um comentário:

  1. ÓTIMA INICIATIVA do 100% com esta seção. parabenizo a Mariluci pela sugestão e o Ronaldo,por acreditar em inovações. A Vivi eu conheço e sei que vai mandar muito no Jornalismo.
    uma pequena correção: o Prof. Sersi continua na UMC.
    Creio que o ideal seriamos pensar um novo jornalismo. A formação é fundamental. os que não querem isso apostam no jornalismo "guaca mole".
    Estou na coordenação do Jornalismo da UMC e presenciei muito para afirmar: "EU ACREDITO NO JORNALISMO". Torço e peço que apoiem nossos esforços em continuar formando jovens aguerridos e que desejam uma sociedade que se informa para viver e não o contrário.

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