Divertido, gente fina, inteligente e um baita
profissional, essas são apenas algumas das qualidades de DOUGLAS Alexandre
PIRES da silva, 35 anos, é o entrevistado da semana na Seção Raio-X. Solteiro e
sem herdeiros, Douglas é formado desde 2001 pela UBC (Universidade de Braz
Cubas), Douglas que atua na TV Mogi News como apresentador do programa Manhã
News, ao lado de Juliana Paes, se define como um cara do bem, bem humorado (na
maioria das vezes) e que gosta de ajudar as pessoas, de bater papo, tomar uma cervejinha
e de encarar uma comida japonesa. Confiram a entrevista na íntegra e conheçam
mais dessa fera.
100C - Quem é Douglas Pires? (faça uma auto avaliação)
DP - Sou é um cara divertido, que gosta de aviões
(aeronaves). Certa vez disse que gostava de aviões e a pessoa entendeu que eu
curtia a banda AVIÕES DO FORRO. Nada contra, mas o que eu curto mesmo é rock. E
rock, é claro, tem de ser da banda Queen. Por outro lado, às vezes não sou tão
otimista como deveria ser: tenho um senso crítico agudo, meio no estilo
tolerância zero, meio sem paciência. Normal. Assim, nesse equilíbrio, vou
vivendo o dia a dia.
100C - Nos raros momentos em que você não está na
redação, o que você costuma fazer e aonde você costuma frequentar para se
divertir????
DP - Gosto de ficar em casa, vendo filmes, navegando na
Internet na companhia, é claro, da minha doce Carol, com quem namoro há 3 anos.
Menina de fé. Me aguentar não deve ser fácil. Me considero, às vezes, um cara
meio chatinho. Mas ela é linda. Eu sou careca e gordinho.
100C - Por que o jornalismo?
DP - Sabe que até hoje não sei fazer tabuada. A do 8 e a
do 7 são as mais difíceis. Aritmética nunca entrou na minha cabeça. Sempre
enxerguei a área de Exatas como algo quadrado, cheio de pontas, sem encaixe. Já
a escrita, as histórias, os textos me fascinam desde a infância. Com o passar
do tempo, na adolescência, por exemplo, senti que gostava de saber das coisas
(notícias) antes das demais pessoas e, ainda por cima, tinha necessidade de
passar informações à diante. Fazia apurações no bairro onde morava. Se a
Sabesp, por exemplo, abria um buraco eu ia apurar lá com os operários. Voltava
informando que se tratava de um reparo e que em 3 dias tudo estaria
normalizado. Aos 18 anos, um ano depois do Brasil conquistar o tetra, em 1994,
já tinha certeza do que queria ser.
100C - Qual foi a
sua trajetória no jornalismo até você chegar a apresentador do programa Manhã
News?
DP - O começo foi truncado. Passei rapidamente pela MTV,
na função de estagiário, do estagiário, risos! Aprendi bastante coisa. Afinal,
era funcionário “freela” de uma emissora que na época tinha uma ótima
audiência. Trabalhava no setor de pesquisa e audiência. Segurava “dália”,
levava garrafa de café, ligava na casa das pessoas para vierem participar de
programas. Porém, durou pouco e eles me dispensaram. Logo depois, em Suzano,
virei repórter de um jornal voltado para a área da saúde. Era um informativo
quinzenal, mantido por algumas clínicas da cidade. Fazia pauta com médicos
sobre doenças. Não durou muito tempo e acabei demitido. Fiquei desanimado e
deixei a área do jornalismo. Fui trabalhar como vendedor de livros em uma
livraria no Shopping de Suzano. O ano era 2002. A jornalista Marilei Schiavi
(Rádio Metropolitana) era cliente da livraria e assessora de imprensa de uma
atriz que escolheu o espaço para lançar um livro e fazer uma noite de
autógrafos. Neste dia (noite) conversei com a Marilei e pedi emprego. Dias
antes. Por coincidência, meu pai também tinha encontrado com a jornalista no
centro de Suzano e falado sobre mim. Pois bem, naquela noite, na livraria, ela
me prometeu levar para a Rádio Metropolitana. Cinco meses depois, me ligou e
disse que tinha uma vaga para mim: virei repórter da rádio. Ali foi o recomeço.
Como sempre digo, aprendi demais naquele lugar. Brinco até hoje com a Marilei.
Digo que ela foi uma professora. Uma professora bem brava e chata. Convivi com
pessoas maravilhosas naquela emissora. Fiquei por lá dois anos e meio até que
fui chamado para trabalhar no jornal Mogi News, em abril de 2005. Comecei como
repórter da editoria de polícia, onde fiquei até 2008. Depois, virei editor do
Diário do Alto Tietê. Fiquei na função por 11 meses e, logo em seguida, o
Sidney (diretor-presidente do Grupo Mogi News) me convidou para ser repórter na
TV Mogi News, que nasceria em setembro de 2009. Aceitei o convite e comecei na
TV. No final da 2011, o Sidney ganhou a licitação para um canal próprio, no
sistema NET e, com isso, surgiu uma nova grade de programação. Afinal, o canal
é 24 horas no ar. No início deste ano, a diretoria da empresa criou novos
programas e eu fui convidado para apresentar o Manhã News, ao lado da Juliana
Paes.
100C - O que é
melhor, sair a campo ou ficar no estúdio? Por quê?
DP - Vivi mais de 6 anos como repórter de rua. É
maravilhoso. Não ter rotina, trabalhar no meio urbano, conhecer pessoas,
histórias, dramas, sonhos, desejos, indignações... Agora, o lance de ficar no
estúdio e na redação é bem novo para mim. Estou nessa nova função desde
fevereiro e estou gostando. É bem diferente. Não uso mais tanto protetor solar.
O cosmético deu lugar ao pó maquiagem, rs! Fico no estúdio durante quase duas
horas, todas as manhãs, a base de luz e ar condicionado. O microfone agora é de
lapela. Depois, por volta das 8h30, vou com a equipe para redação. É nessa hora
que começamos a fechar o programa do dia seguinte. Uma mudança radical. Estou
curtindo demais.
100C - Qual foi a pior e a melhor pauta que você cobriu?
DP - Pior pauta pode ter dois sentidos. Pode ser uma
pauta mal elaborada, pauta que não vai dar em nada. E pode ser ainda aquela
carregada de tristeza, de emoção negativa.
Passei mais de dois anos como repórter policial e vi muitas historia
tristes. Assassinatos, acidentes, prisões de suspeitos. Talvez a pior, por ser
a mais triste na minha opinião, foi a morte de uma menina de 7 anos,
assassinada a pauladas por um pedófilo, em janeiro de 2007. Foi em Mogi das
Cruzes. O caso foi parar no extinto programa da Globo, Linha Direta,
apresentado por Marcelo Rezende. O suspeito nunca foi localizado. Nunca me
esqueço da imagem do IC – Instituto de Criminalística retirando o corpo da
criança de dentro da casa onde o crime aconteceu. Foi na residência de um
vizinho. Quando o policial chegou na rua com o corpinho da menina embrulhado em
um saco, várias crianças (amiguinhos da garota) que estavam diante da casa,
começaram a chorar sem parar. Foi triste, muito triste. Eu estava com o
fotógrafo Daniel Carvalho. Foi punk. Outra pauta que jamais saiu da minha
cabeça foi quando passei um medo tremendo em um tiroteio. A troca de tiros foi
em um matagal, lá para os lados da Vila Moraes, em Mogi das Cruzes, entre a
Polícia Militar e bandidos que estavam escondendo uma carga roubada no meio do
mato. Eu estava com o fotógrafo Gerson Lino Jr. Tivemos que nos jogar na lama e
esperar o tiroteio cessar. Foram uns 30 segundos de bang-bang. Depois foi só
risada. Por outro lado, isso já fora da editoria de polícia, quando pegava uma
pauta ruim (pauta furada) eu tentava fazer de tudo para que ela ficasse boa
(Resposta política). Agora, as melhores pautas, é claro, são aquelas que dão
resultado positivo. Que pessoas são beneficiadas, que acionam alertas, que faz
barulho, que denuncia erros. Em 2003, no estilo Celso Russomano, eu consegui
fazer com que uma clínica dentária em Suzano reparasse um erro grotesco que
tinham cometido na prótese de uma ouvinte da Rádio Metropolitana. Nessa época
em que atuei como repórter da rádio eu conheci muita gente carente, pois fazia
pautas tentando levar melhorias para eles. Durante um tempo eu visitei os
piores bairros no eixo Suzano – Itaquaquecetuba. Conheci muita gente. Vi de
perto muitos problemas e, com a força da rádio, tenho certeza que ajudamos
muitas pessoas.
100C - Se possível, destaque três colegas do jornalismo
na região que você admira o trabalho.
DP - Marcio Siqueira (editor-chefe Grupo Mogi News) está
no topo da lista. É o meu pai dentro do Grupo Mogi News. Uma das pessoas mais
maravilhosas que conheço dentro da profissão. Falar dele até emociona, ainda
mais agora que ele está enfrentando um problema de saúde. Tive muita sorte e o
privilégio de ter trabalhado ao lado do Márcio por 4 anos consecutivos. Admiro
também minha professora na editoria de polícia, a jornalista Simone Leone
(editora Mogi News). Ela tem o título de mulher mais jovem a se tornar
editora-chefe de um jornal. Isso quando ela era do Diário de Suzano. Que honra.
Muito do que sei aprendi com a Simone. Jornalista didática sabe passar
conhecimento. Ela adora gráficos e tabelas e me ensinou a gostar também. O destaque
também vai para Edgar Leite (editor-chefe Diário de Suzano). Um doce de pessoa.
Um ser inteligente e que conhece a política da região como ninguém. Aprendi
demais estando ao lado do Edgard em várias coletivas de imprensa, no começo da
minha carreira. É claro que não daria para destacar somente 3 colegas.
Quebrando o protocolo quero manifestar toda a minha admiração pelo diretor da
TV Mogi News, Paulo Quaresma. Desde que pensei em ser jornalista, nos começo
dos anos 90 o Paulão já estava lá militando, escrevendo, falando, pensando,
gesticulando “caraco, bixo”. Esta é principal fala dele. Gosto muito desse
cara. O Paulo é o tipo de pessoa que faz 34 coisas ao mesmo tempo. Assiste 3
telejornais na mesma hora. É o cara que chega pra trabalhar às 5 da manhã e só
vai almoçar às 5 da tarde. É um cara compromissado com o que faz, um cara do
bem. Admiração se estende ainda à minha amiga irmãzinha, a jornalista Carla
Fiamini. Conheço essa menina há mais de 20 anos e sei o quanto ela se esforçou
e estudou pra chegar onde está hoje. Gosto demais dessa virginiana
perfeccionista. E os aplausos também vão para o meu amigo suzanense e
jornalista Tiago Panteleon (editor do DAT). Caráter e transparência em pessoa.
Gente do bem. Gente de paz.
100C - Qual foi a sua maior alegria e a maior decepção
com o jornalismo?
DP - Decepção, graças a Deus não tenho. Se tive, já devo
ter esquecido. Como diz Juliana Paes (apresentadora do Manhã News) abstraia.
Por outro lado, alegrias tive inúmeras. Ajudar pessoas com o jornalismo é uma
alegria. Dentro do Grupo Mogi News ainda tive a honra de escrever o livro
Memórias de Suzano, com as jornalistas Carla Fiamini, Simone Leone e Gislene
Zarbietti. O dia do lançamento (31/03/2009) foi de muita alegria. Depois, por
causa desse trabalho, no mesmo ano, nós autores fomos agraciados com a Medalha
Marques Figueira, na Câmara de Suzano. A indicação foi do vereador suzanense
Rafa Garcia. A medalha é uma das mais importantes honrarias da cidade. Essa foi
mais uma alegria. Outro dia empolgante foi quando falei ao vivo com o Datena,
em 2003. Bom, deixa eu explicar essa história. O Márcio Gyotoku, empresário
suzanense, tinha sido libertado do cativeiro depois de ficar 54 dias sequestrado.
Nesse dia, a imprensa de todo o Brasil e da região foi pra São Paulo. Era uma
tarde fria do mês de julho. Por volta do meio-dia, os repórteres estavam diante
do Hospital das Clínicas de SP para pegar uma imagem ou uma palavra do Márcio.
Ele teve parte da orelha direita decepada no cativeiro e tinha emagrecido mais
de 20 quilos. Um sequestro que repercutiu em todo o País. O problema é que eu
não fui pra São Paulo. Tive que ficar em Suzano, de plantão no shopping (que na
época era da família do Márcio). Eu fiquei puto por estar ali. Achava que nada
ia acontecer no shopping. Fui pautado para repercutir a notícia da soltura dele
com funcionários do Centro de Compras. Resultado: ninguém queria falar nada. E
eu irritado e pensando: “Eita pauta furada”. Fiquei no estacionamento ouvindo a
Rádio Bandeirantes no meu retorno. Tinha um repórter dando informações do que
estava acontecendo em São Paulo por isso estava ouvindo a rádio paulistana. De
repente o tal repórter informa que o Márcio estava saindo do hospital coberto
por um lençol, ou seja, a imprensa de todo o Brasil não conseguiu obter a
imagem dele. Segundo o repórter o empresário suzanense tinha entrado num
helicóptero da Polícia Civil, que levantou vôo e sumiu nos ares. Todos acharam que ele (Márcio) tinha sido
levado para a delegacia antisequestro, lá mesmo em São Paulo, para prestar
depoimento. É, mas essa informação foi ventilada para despistar a imprensa.
Vinte minutos depois, eu continuava sozinho e desanimado no estacionamento do
shopping, quando vi um helicóptero da Polícia Civil rondando o céu de Suzano.
Pensei: “Meu Deus, é o Márcio”. Com aos braços e pernas tremendo liguei para a
rádio e pedi para me colocarem no ar, imediatamente. A Marilei estava quase
finalizando o programa e me chamou. A essa altura a aeronave pousou no
estacionamento do shopping sob um forte esquema policial. O Márcio Gyotoku
desceu sem o lençol que o cobria lá em São Paulo. Eu sai correndo falando ao
vivo na radio e gritando: “É o Márcio Marilei. Ele acaba de chegar em Suzano
com um forte esquema policial. Estou diante dele”. O empresário estava realmente
muito magro e com uma barba enorme. Ele, que estava um curativo na orelha,
olhou para mim e fez um sinal de positivo. Me aproximei, mas ele fez sinal
deixando claro que não queria dar entrevista. Respeitei a vontade dele. Jamais
vou esquecer essa imagem. Esse foi o maior furo de reportagem da minha vida.
Depois agradeci a Marilei que insistiu para eu ficar no shopping. Eu fui o
único jornalista do Brasil a ver o Márcio Gyotoku. Uma hora depois da entrada
ao vivo, a produção da Band me ligou e pediu para eu ir até o link deles, que
seria montado diante do prédio onde o empresário morava, no centro de Suzano. À
noite, durante o programa Brasil Urgente, eu falei ao vivo, para todo o Brasil
com o apresentador Datena. Foi muito legal. Um bate papo de uns 10 minutos.
Datena dizia: “Douglas Pires, repórter da Rádio Metropolitana foi o único
jornalista que viu o sequestrado”. Também fui entrevistado por outros colegas
e, inclusive, pelo Diário de Suzano. Veja a foto:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=164777306946580&set=a.103144583109853.6659.100002429343437&type=3&theater
100C - Você tem
alguma sugestão para o 100 Comunicação?
DP - Ronaldo, vamos fazer o churras 100 Comunicação? Essa
é minha sugestão. Seria muito legal reunir todo mundo.
100C - Destaque um ponto positivo e um negativo do 100C.
DP - Sempre quis ver algo que mostrasse os bastidores do
jornalismo do Alto Tietê. Eu era fã do blog Fotosalada. E eles faziam
justamente isso, só que em São Paulo. Esse é o ponto positivo do 100C. Mostrar
o lado B das pautas. Ponto negativo: o dono do blog é Palmeirense.
100C - O que você mais gosta e o que você mais odeia nas
pautas?
DP - Estou há 3 meses sem fazer externa por conta da nova
função dentro da emissora, mas sempre gostei de criar nas pautas. Inventar
moda, saca? Ir além do que a pauta pedia. Deixá-la com um tom cômico. Sempre
gostei de fazer isso. Como essa pauta sobre sexta-feira 13, veja:
http://www.youtube.com/watch?v=5Zw72665IzA
100C - Você tem algum trabalho paralelo ao jornalismo?
(ex.: blog, freela, entre outros)
DP - No momento estou somente na TV Mogi News.
Perguntas para quebrar o gelo:
100C - Conte duas ou mais situações engraçadas que você
passou no jornalismo.
DP - No ano passado, estava em uma rua de Mogi das Cruzes
com o microfone na mão, caçando pessoas para fazer o chamado “Fala povo”. Um
garotinho passou de mãos dadas com a mãe dele e ficou me olhando. Em seguida
ele disse pra mãe: “Olha lá mamãe, um repórter, olha?”. Ela respondeu sem
paciência nenhuma e bem irritada: “Quem, o Harry Potter?” A jornalista Ariane
Noronha (Blog do Fernandes) adora essa história. Certa vez no Jardim Revista,
em Suzano, uma mulher estava presa em casa com medo de uma invasão de ratos.
Era em 2004. Eu trabalhava na Metro. Entrei ao vivo com a mulher e ela gritava:
“Estes ratos são enormes. Eles ficam de pé e correm atrás de mim. Eles me
enfrentam e depois fogem levando o saco de lixo”. Na rádio ela ficou conhecida
como “a mulher do rato” e o problema foi solucionado graças às inúmeras
entradas ao vivo que fazíamos de lá, no meio dos roedores. Realmente, ela tinha
razão, os ratos eram enormes, hahaha.
100C - Destaque três atuais e três ex-companheiros de
trabalho que você classifica como “fora do normal”, seja pela personalidade,
loucura ou coisas do tipo. Explique:
DP - Vou citar um ex-companheiro: o jornalista Bras
Santos. Esse é um cara fora do normal. Ele não tem agenda, mas tem o telefone
de todo mundo. Ele fala rápido demais ao telefone, mas consegue os melhores
furos jornalísticos. Ele rabisca em seu bloquinho e na redação entende tudo o
que está escrito. Bras é o jornalista mais fora do normal e mais completo que
conheço. Ele enxerga tudo. Se uma agulha cair em Ferraz ele ouve. Se Alguém
declarar algo em Salesópolis ele escuta. Ele é sobrenatural. Mas é um puta
amigo. O fotógrafo Amilson Ribeiro também é fora do normal. Imagina estar indo
para um trágico acidente, várias vítimas, tensão total? Então, o Amilson fica
na maior calma do mundo. Quando chega ao local ele desce da viatura, observa,
observa... Faz 4 fotos e diz: “chega”. No dia seguinte a foto espetacular está
rasgada em 6 colunas da capa do jornal. Daí você pensa: “Que horas que ele fez
essa foto que eu não vi?”. Amilson é o cara que sabe de tudo. Tem dúvidas?
Pergunte ao Amilson. Outro cara que sabe tudo é o Darwin Valente do “O Diário
de Mogi” Nunca trabalhei com ele, mas admiro a sabedoria desse cara. Escreve
muito. Manja muito. Quando eu o conheci pessoalmente tomei uma bronca dele.
Estava em uma pauta e ele apareceu. Passos calmos, um bloquinho de anotações
pequeno, cara de observador. Eu fui ao encontro dele e disse: “Darwin, admiro
muito o trabalho do senhor”. Ele respondeu: “O que você disse? Senhor está no
céu, senhor uma ova”. Tremi na base, mas depois ele deu risada e vi que era
brincadeira.
100C - Dizem que o verdadeiro motivo pelo qual você fica
dentro do estúdio é porque a idade já não o deixa sair mais a campo? Você já se
considera um Dino repórter?
DP - (Risos) Já estou com 35 e perdi muito cabelo nesses
quase 10 anos de estrada. E atualmente trabalho com uma equipe bem jovem. São
os integrantes do Manhã News. A Juliana Paes, apresentadora tem vinte e poucos
anos, e os produtores Mauricio Bueno e a Nádia Ramirez também. Assim como o
pessoal da técnica: Renata Molina, Thiago Nascimento, Juan Cassola, Wilson
Rodrigues e Leonardo Medeiros. São todos jovens. Acho legal ser o “tiozão”
deles. E o mais legal é que eles passam o dia me chamando de tiozão. Fazendo
piadas e tudo mais. Graças a Deus essa é uma equipe muito boa. Uma equipe
comprometida com o trabalho e que faz de tudo para que o produto final saia
perfeito. Quero aproveitar o espaço para agradecê-los pelo esforço e pelo
companheirismo. Tenho orgulho de vocês todos.
100C - Você esteve recentemente na “Vila do Chaves”, uma
reprodução do SBT para um programa especial, qual foi a sensação de estar em um
lugar que marcou e ainda marca a infância de muitos?
DP - Sensacional. Me senti dentro do seriado. Isso foi no
Teleton do ano passado. No estacionamento do SBT. O mais legal é que lá,
pessoalmente, não dava pra ter tanta noção da perfeição da Vila do Chaves. Mas,
depois, ao ver as fotos e as imagens, notei que a réplica da vila ficou
perfeita. Não resisti e fiz umas fotos lá. Está no meu facebook.
Ping
Pong
100C - Time
DP - Corinthians
100C - Desejo
DP - Viver com saúde
100C - Música
DP - Bohemian
Rhapsody (Queen)
100C - Jornalismo
DP - Parte de mim
100C - 100 Comunicação
DP - Inspirador
100C - Passado
DP - Passou.
100C - Presente
DP - É agora! Ué, já passou também
100C - Futuro
DP - Coming
soon
100C - Se defina em uma única palavra
DP - Curioso
100C - Deixe um recado para os alunos sonham ingressar no
jornalismo.
DP - Se for sonho mesmo, não desistam. É uma linda
profissão. O começo é árduo, difícil demais. Mas a insistência é a mola
propulsora. Aproveitem demais a fase acadêmica e não achem que vão sair da
universidade sabendo muito. Até hoje eu não sei muito, mas aos poucos estou
aprendendo. Dia após dia.
CONFIRA as demais entrevistas da Seção Raio-X clicando
aqui!
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