O Chefe de Reportagem do
diário de Suzano, RAMON enrico BARRUECO baxhix, 25 anos, é o entrevistado da
semana na Seção Raio-X. Apesar de ter nascido em Porecatú/PR, ele sempre viveu
em Mogi das Cruzes/SP, onde se formou em Jornalismo pela Universidade Braz
Cubas (UBC). Ramon que é jornalista há quase seis anos, se considera um cara
divertido e, ao mesmo tempo, bastante sério e que sempre procura fazer o seu
trabalho da maneira mais correta possível, respeitando os colegas de trabalho e
os leitores do jornal.
100C - Nos raros momentos em
que você não está na redação, o que você costuma fazer e aonde você costuma
frequentar para se divertir????
RB - E olha que são bem raros
mesmo, mas costumo frequentar alguns bares em Mogi das Cruzes, gosto muito de
churrasco, estar com amigos, com minha namorada, minha família. Uma praia
também é sempre bom, mas como eu odeio trânsito, acabo indo bem pouco.
100C - Por que o jornalismo?
RB - Sou mais um daqueles
atletas frustrados. Eu sempre pratiquei esporte, futsal, basquete e mais
recentemente jiu-jitsu. A ideia era ser atleta, mas como não deu, o mais
próximo que consigo é acompanhar, discutir e analisar. Por isso eu queria ser
jornalista esportivo e até desejo ainda. Por enquanto estou indo para outro
lado do jornalismo, mas vamos ver o que a vida nos reserva.
100C - Depois que você entrou
para essa área, aonde você já trabalhou e em que cargo? Aonde você trabalha
atualmente e há quanto tempo? Qual função exerce?
RB - Trabalhei por um período
bem curto no jornal O Ouvidor, em Santa Isabel, um estágio de três meses. Logo
em seguida, em outubro de 2006, fui contratado para estagiar no caderno de
Esportes do Diário de Suzano, empresa que atuo até hoje. Passei, além do
caderno de Esportes, pelos cadernos de Cidades, Região (principalmente em Itaquá),
cobri a Câmara de Vereadores de Suzano e atualmente estou como Chefe de
Reportagem. Ainda nesta empresa eu participei de um programa esportivo na rádio
Sempre Mais FM com os jornalistas DanielOliveira e Cleber Lazo, além
de outras figuras ilustres como o Leonardo Ferreira, Guilherme Hirata e Carlos
Nego. Atualmente ainda faço comentários esportivos durante o jornal Sempre
Mais.
100C - Qual foi a pior e a
melhor pauta que você cobriu?
RB - São muitas piores, mas
qualquer cobertura de velório é sempre ruim. Também não gosto muito de pautas
de levantamentos e odeio Polícia. Ir nos Departamentos de Polícia é um sufoco,
por os caras são muitos folgados. Prefiro sempre ir para a rua, conversar com
as pessoas. Acho que as matérias ficam melhores. Uma matéria que eu gostei
muito de fazer foi uma reintegração de posse, em Poá. É muito triste, porque
são pessoas que estão perdendo suas casas, o local onde viviam. Mas em termos jornalísticos
é muito rico, pelas histórias contadas, pelas imagens captadas, por todo o
aparato que o estado disponibiliza para uma situação às vezes bem simples,
pacíficas. Neste caso a polícia estava com cavalos, helicóptero, motos,
diversas viaturas, e a saída foi pacífica. A “bandidagem” vibrou.
100C - Se possível, destaque
três colegas do jornalismo na região que você admira o trabalho.
RB - É difícil falar de apenas
três colegas, por que nesta carreira são muitas pessoas que te ajudam, te
aconselham todos os dias. Mas o Daniel Oliveira e a Carol Brusarosco sempre
foram profissionais bastante competentes, assim com o Edgar Leite, editor-chefe
do DS, que tem me ajudado muito nos últimos meses. A Gabriele Doro, que antes
ocupava a Chefia de Reportagem, também tem me ajudado muito. Sou grato a todas
estas pessoas, e muitas outras também.
100C - O que é o jornalismo
para você?
RB - Eu considero o jornalismo
uma das ferramentas mais poderosas. A informação é muito importante na vida de
uma pessoa e isso deveria ser levado mais a sério. Hoje o jornalismo é minha
vida, porque vivo isso quase que 24h por dia. Tento sempre estar atento ao que
estáacontecendo, fazendo a ligação
da informação com alguma possível reação no Alto Tietê. Então, junto com a
família, o jornalismo é a coisa mais importante para mim.
100C - Qual foi a sua maior
alegria e a maior decepção com o jornalismo?
RB - Com apenas seis anos de
profissão, ainda é bem cedo para falar de alegria e decepção, mas a minha maior
alegria é conhecer sempre pessoas novas, bons profissionais, pessoas que
realmente gostam de jornalismo. Já a decepção é o contrário, ver que tem muita
gente ruim na área, que pregam algumas situações, mas na verdade tem rabo
preso. É bem complicado isso.
100C - Você tem alguma
sugestão para o 100 Comunicação?
RB - Sugestão não, mas faço
votos para que continuem com este trabalho de integrar a mídia, os jornalistas
e mostrar o nosso cotidiano nada fácil. É visível que o blog tem crescido a
cada dia e criado novas sessões. Então, continue assim.
100C - Destaque um ponto
positivo e um negativo do 100C.
RB - Só tenho coisas positivas
para falar, até porque é um blog que sempre tira um sarro dos corinthianos né.
100C - O que você mais gosta e
o que você mais odeia nas pautas?
RB - Na maioria das vezes o
jornalista não trabalha sozinho. Ele precisa de uma fonte. Então o legal é
encontrar uma boa fonte e conseguir informações relevantes para a sua pauta. O
ruim é ficar dependendo de assessoria de imprensa, que eu até reconheço, têm
uma grande demanda diária. Mas é muito devagar. Solicitar uma informação
simples por voltas das 10h, e receber a resposta 18h30 é horrível,
principalmente quando chegam aquelas mini-respostas, onde o assessor ainda quer
dar algum tipo de “lição de jornalismo”. Isso, definitivamente, é o que eu mais
odeio em pautas.
100C - O que você espera para
o seu futuro profissional?
RB - Eu espero evoluir muito e
ser reconhecido como um bom jornalista, independente da área em que eu atuar.
Além disso, espero que este reconhecimento venha em forma de dinheiro também
né, porque o mundo hoje está muito caro para profissionais como nós. Mas eu
quero
trabalhar sempre nesta área.
100C - Você tem algum trabalho
paralelo ao jornalismo? (ex.: blog, freela, entre outros)
RB - Já tive um blog de
análise esportiva, mas, por alguns motivos, acabei interrompendo os posts. É
até uma coisa que quero voltar a fazer quando sobrar um pouco mais de tempo.
Fora isso, faço os comentários na rádio Sempre Mais FM.
Perguntas para quebrar o gelo:
100C - Conte duas ou mais
situações engraçadas que você passou no jornalismo.
RB - É sempre engraçado demais
fazer pauta com sujeitos como o Celso Sambrana e o Irineu Jr. Sempre tem alguma
piada escrota. Mas não consigo me lembrar agora de nada muito engraçado. Estou
meio ruim de memória.
100C - Destaque três atuais e
três ex-companheiros de trabalho que você classifica como “fora do normal”,
seja pela personalidade, loucura ou coisas do tipo. Explique:
RB - Todos os fotógrafos do DS
são fora do normal. Parece uma central de loucos. Mas todos são bons
profissionais. Mas dá para citar a loucura de Cleber Lazo e Publio Vitor, por
exemplo, que são muito corinthianos, chatos realmente. Tem a Thalita Arifa, do
jornal Sete, que sonhava em ser a ginasta Daiane dos Santos. Tem um povo meio
louco na região.
100C - Você é obrigado a
trabalhar com figuras raras no jornalismo como o Irineu Jr., o Vinicius
Stradiotto, o Celso Sambrana, o que é mais difícil, aguentar a dureza e os
problemas que a profissão nos impõe ou a convivência com esses “seres”?
Explique:
RB - A profissão é muito
complicada, mas conviver com eles é bem pior. O Celso só fala besteira. O
Irineu faz jus ao apelido que carrega, animal. Já o Vinicius é o cara que mais
reclama de qualquer coisa na face da Terra. Fora o Wilson Talles, que é quase
um crítico de cinema.
Ping Pong
100C - Time
RB - Palmeiras
100C - Desejo
RB - Dinheiro
100C - Música
RB - Don’t Cry (Guns ‘n Roses)
100C - Jornalismo
RB - Vida
100C - 100 Comunicação
RB - Integração
100C - Passado
RB - Bem vivido
100C - Presente
RB - Muito Trabalho
100C - Futuro
RB - Tranquilidade
100C - Se defina em uma única
palavra
RB - Difícil
100C - Deixe um recado para os
alunos sonham ingressar no jornalismo.
RB - Já conversei com
estudantes em outras oportunidades e sempre falo para que se preparem bem,
estudem bastante, e fiquem conscientes de que nada é fácil, nem na vida, e
muito menos no jornalismo. Não é uma área que vai te dar muito dinheiro, em
muitos casos nem estabilidade. Você passará muitos carnavais trabalhando,
enquanto amigos viajam. Feriado, de fato, passará a ser uma data que inventaram,
mas que não vale para você. Ou seja, a vida social fica bem reduzida. Mas da
mesma maneira é uma área que te dá muito conhecimento, te faz passar por
grandes experiências, boas e ruins. Então, para quem gosta, e quem tem esta consciência,
sempre vale a pena.
CONFIRA as demais entrevistas da Seção Raio-X clicando aqui!
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