terça-feira, 20 de março de 2012

Seção Raio-X nº 24 - Ramon Barrueco

O Chefe de Reportagem do diário de Suzano, RAMON enrico BARRUECO baxhix, 25 anos, é o entrevistado da semana na Seção Raio-X. Apesar de ter nascido em Porecatú/PR, ele sempre viveu em Mogi das Cruzes/SP, onde se formou em Jornalismo pela Universidade Braz Cubas (UBC). Ramon que é jornalista há quase seis anos, se considera um cara divertido e, ao mesmo tempo, bastante sério e que sempre procura fazer o seu trabalho da maneira mais correta possível, respeitando os colegas de trabalho e os leitores do jornal.

100C - Nos raros momentos em que você não está na redação, o que você costuma fazer e aonde você costuma frequentar para se divertir????
RB - E olha que são bem raros mesmo, mas costumo frequentar alguns bares em Mogi das Cruzes, gosto muito de churrasco, estar com amigos, com minha namorada, minha família. Uma praia também é sempre bom, mas como eu odeio trânsito, acabo indo bem pouco.

100C - Por que o jornalismo?
RB - Sou mais um daqueles atletas frustrados. Eu sempre pratiquei esporte, futsal, basquete e mais recentemente jiu-jitsu. A ideia era ser atleta, mas como não deu, o mais próximo que consigo é acompanhar, discutir e analisar. Por isso eu queria ser jornalista esportivo e até desejo ainda. Por enquanto estou indo para outro lado do jornalismo, mas vamos ver o que a vida nos reserva.

100C - Depois que você entrou para essa área, aonde você já trabalhou e em que cargo? Aonde você trabalha atualmente e há quanto tempo? Qual função exerce?
RB - Trabalhei por um período bem curto no jornal O Ouvidor, em Santa Isabel, um estágio de três meses. Logo em seguida, em outubro de 2006, fui contratado para estagiar no caderno de Esportes do Diário de Suzano, empresa que atuo até hoje. Passei, além do caderno de Esportes, pelos cadernos de Cidades, Região (principalmente em Itaquá), cobri a Câmara de Vereadores de Suzano e atualmente estou como Chefe de Reportagem. Ainda nesta empresa eu participei de um programa esportivo na rádio Sempre Mais FM com os jornalistas DanielOliveira e Cleber Lazo, além de outras figuras ilustres como o Leonardo Ferreira, Guilherme Hirata e Carlos Nego. Atualmente ainda faço comentários esportivos durante o jornal Sempre Mais.

100C - Qual foi a pior e a melhor pauta que você cobriu?
RB - São muitas piores, mas qualquer cobertura de velório é sempre ruim. Também não gosto muito de pautas de levantamentos e odeio Polícia. Ir nos Departamentos de Polícia é um sufoco, por os caras são muitos folgados. Prefiro sempre ir para a rua, conversar com as pessoas. Acho que as matérias ficam melhores. Uma matéria que eu gostei muito de fazer foi uma reintegração de posse, em Poá. É muito triste, porque são pessoas que estão perdendo suas casas, o local onde viviam. Mas em termos jornalísticos é muito rico, pelas histórias contadas, pelas imagens captadas, por todo o aparato que o estado disponibiliza para uma situação às vezes bem simples, pacíficas. Neste caso a polícia estava com cavalos, helicóptero, motos, diversas viaturas, e a saída foi pacífica. A “bandidagem” vibrou.

100C - Se possível, destaque três colegas do jornalismo na região que você admira o trabalho.
RB - É difícil falar de apenas três colegas, por que nesta carreira são muitas pessoas que te ajudam, te aconselham todos os dias. Mas o Daniel Oliveira e a Carol Brusarosco sempre foram profissionais bastante competentes, assim com o Edgar Leite, editor-chefe do DS, que tem me ajudado muito nos últimos meses. A Gabriele Doro, que antes ocupava a Chefia de Reportagem, também tem me ajudado muito. Sou grato a todas estas pessoas, e muitas outras também.

100C - O que é o jornalismo para você?
RB - Eu considero o jornalismo uma das ferramentas mais poderosas. A informação é muito importante na vida de uma pessoa e isso deveria ser levado mais a sério. Hoje o jornalismo é minha vida, porque vivo isso quase que 24h por dia. Tento sempre estar atento ao que estáacontecendo, fazendo a ligação da informação com alguma possível reação no Alto Tietê. Então, junto com a família, o jornalismo é a coisa mais importante para mim.

100C - Qual foi a sua maior alegria e a maior decepção com o jornalismo?
RB - Com apenas seis anos de profissão, ainda é bem cedo para falar de alegria e decepção, mas a minha maior alegria é conhecer sempre pessoas novas, bons profissionais, pessoas que realmente gostam de jornalismo. Já a decepção é o contrário, ver que tem muita gente ruim na área, que pregam algumas situações, mas na verdade tem rabo preso. É bem complicado isso.

100C - Você tem alguma sugestão para o 100 Comunicação?
RB - Sugestão não, mas faço votos para que continuem com este trabalho de integrar a mídia, os jornalistas e mostrar o nosso cotidiano nada fácil. É visível que o blog tem crescido a cada dia e criado novas sessões. Então, continue assim.

100C - Destaque um ponto positivo e um negativo do 100C.
RB - Só tenho coisas positivas para falar, até porque é um blog que sempre tira um sarro dos corinthianos né.

100C - O que você mais gosta e o que você mais odeia nas pautas?
RB - Na maioria das vezes o jornalista não trabalha sozinho. Ele precisa de uma fonte. Então o legal é encontrar uma boa fonte e conseguir informações relevantes para a sua pauta. O ruim é ficar dependendo de assessoria de imprensa, que eu até reconheço, têm uma grande demanda diária. Mas é muito devagar. Solicitar uma informação simples por voltas das 10h, e receber a resposta 18h30 é horrível, principalmente quando chegam aquelas mini-respostas, onde o assessor ainda quer dar algum tipo de “lição de jornalismo”. Isso, definitivamente, é o que eu mais odeio em pautas.

100C - O que você espera para o seu futuro profissional?
RB - Eu espero evoluir muito e ser reconhecido como um bom jornalista, independente da área em que eu atuar. Além disso, espero que este reconhecimento venha em forma de dinheiro também né, porque o mundo hoje está muito caro para profissionais como nós. Mas eu quero
trabalhar sempre nesta área.

100C - Você tem algum trabalho paralelo ao jornalismo? (ex.: blog, freela, entre outros)
RB - Já tive um blog de análise esportiva, mas, por alguns motivos, acabei interrompendo os posts. É até uma coisa que quero voltar a fazer quando sobrar um pouco mais de tempo. Fora isso, faço os comentários na rádio Sempre Mais FM.

Perguntas para quebrar o gelo:

100C - Conte duas ou mais situações engraçadas que você passou no jornalismo.
RB - É sempre engraçado demais fazer pauta com sujeitos como o Celso Sambrana e o Irineu Jr. Sempre tem alguma piada escrota. Mas não consigo me lembrar agora de nada muito engraçado. Estou meio ruim de memória.

100C - Destaque três atuais e três ex-companheiros de trabalho que você classifica como “fora do normal”, seja pela personalidade, loucura ou coisas do tipo. Explique:
RB - Todos os fotógrafos do DS são fora do normal. Parece uma central de loucos. Mas todos são bons profissionais. Mas dá para citar a loucura de Cleber Lazo e Publio Vitor, por exemplo, que são muito corinthianos, chatos realmente. Tem a Thalita Arifa, do jornal Sete, que sonhava em ser a ginasta Daiane dos Santos. Tem um povo meio louco na região.

100C - Você é obrigado a trabalhar com figuras raras no jornalismo como o Irineu Jr., o Vinicius Stradiotto, o Celso Sambrana, o que é mais difícil, aguentar a dureza e os problemas que a profissão nos impõe ou a convivência com esses “seres”? Explique:
RB - A profissão é muito complicada, mas conviver com eles é bem pior. O Celso só fala besteira. O Irineu faz jus ao apelido que carrega, animal. Já o Vinicius é o cara que mais reclama de qualquer coisa na face da Terra. Fora o Wilson Talles, que é quase um crítico de cinema.

Ping Pong

100C - Time
RB - Palmeiras

100C - Desejo
RB - Dinheiro

100C - Música
RB - Don’t Cry (Guns ‘n Roses)

100C - Jornalismo
RB - Vida

100C - 100 Comunicação
RB - Integração

100C - Passado
RB - Bem vivido

100C - Presente
RB - Muito Trabalho

100C - Futuro
RB - Tranquilidade

100C - Se defina em uma única palavra
RB - Difícil

100C - Deixe um recado para os alunos sonham ingressar no jornalismo.
RB - Já conversei com estudantes em outras oportunidades e sempre falo para que se preparem bem, estudem bastante, e fiquem conscientes de que nada é fácil, nem na vida, e muito menos no jornalismo. Não é uma área que vai te dar muito dinheiro, em muitos casos nem estabilidade. Você passará muitos carnavais trabalhando, enquanto amigos viajam. Feriado, de fato, passará a ser uma data que inventaram, mas que não vale para você. Ou seja, a vida social fica bem reduzida. Mas da mesma maneira é uma área que te dá muito conhecimento, te faz passar por grandes experiências, boas e ruins. Então, para quem gosta, e quem tem esta consciência, sempre vale a pena.

CONFIRA as demais entrevistas da Seção Raio-X clicando aqui!

Nenhum comentário:

Postar um comentário