Ser repórter tem lá as suas vantagens se comparado com fotógrafos e cinegrafistas. O repórter chega na pauta, ouve as fontes necessárias e pronto, resolveu o seu problema, já os fotógrafos e cinegrafistas são obrigados a se acotovelar, entrar no empurra-empurra, levar encoxadas antes, durante e depois do evento, pois, quando as autoridades chegam é uma correria, durante o evento é uma loucura e ao término da entrevista, mais confusão na saída das autoridades e, enquanto isso, o repórter está lá no seu canto, acompanhando tudo de longe, sem sequer suar a camisa, como vemos na foto acima, onde Willian Tanida (TV Diário) aparece calmo e tranquilo durante uma pauta em Poá, já o seu cinegrafista, ninguém sabe, ninguém viu, isso porque, com certeza estava se "matando" atrás das imagens necessárias para a matéria.
Foto: Ronaldo Andrade
Prezado Ronaldo.
ResponderExcluirAchei muito legal a foto e com certeza vai para meu álbum de recordações.
Mas com relação ao seu texto, sou obrigado a discordar completamente. Nunca vi vantagem ou desvantagem entre os profissionais de texto e imagens jornalísticas. Digo isso com toda propriedade porque eu muito antes de ser repórter, eu era (e ainda sou) repórter-cinematográfico, fui também assistente de câmera, iluminador, assistente de cenografia e até motorista na maior rede de TV do país, tudo isso (com muuuito orgulho) em mais de 15 anos como profissional de TV.
Eu como repórter e cobrindo diversos eventos que tiveram destaque regional, nacional e internacional, levei muita porrada, cotovelada na cara, empurrões, crises de enxaqueca. É importante que o senhor saiba que não é uma regra o repórter ficar “colado” em seu profissional de imagem. Isso seria o mesmo que estar vigiando o trabalho dele, e o mesmo que ter o cinegrafista ao meu lado o tempo todo lendo o que eu estou escrevendo.
Se o repórter ou o cinegrafista tem o seu momento de tranquilidade, é porque a pauta é tranquila. Vai me dizer que a inauguração da passarela de Poá foi uma coisa estressante?! Para a nossa equipe foi mais fácil que cobrir festa de aniversário de criança.
Outro equívoco de seu texto: desde quando a vida do repórter é tranquila?? Desde quando não suamos a camisa?? Nem os jornalistas de revistas mensais tem vida mansa. Nós profissionais de TV, rádio, jornal, revista, e internet temos um prazo apertadíssimo para gravar, escrever o texto, editar. Saiba que uma vírgula colocada no lugar errado de uma frase, pode mudar totalmente o verdadeiro significado do texto, ou seja, desde quando o repórter tem vantagem?? O repórter sofre, e muito. Mas gosta do que faz mesmo ganhando muito pouco porque tem a satisfação de ver o trabalho bem realizado no ar, ou impresso. Tudo para ter uma sociedade brasileira mais informada.
Na fotografia que você postou, eu realmente estava calmo, tranquilo, isso porque quem já cobriu os piores acidentes aéreos recentes, viu pessoas mortas empilhadas, deu duas voltas ao mundo, enfrentou guerrilhas, tiroteios, e experimentou o frio de 25 graus abaixo de zero no pólo sul, uma pauta de inauguração de passarela é apenas uma cosquinha, mas faz parte de nosso dia a dia e cobrimos com o mesmo prazer de estar presente num evento de grande repercussão.
Outra observação muito equivocada: no seu texto, você cita que o meu cinegrafista que tem nome (Ricardo Rangel), “ninguém sabe, ninguém viu”.
Pois bem, sabe para onde eu estava olhando na foto? Para o meu colega que estava nesse exato momento recebendo um copo de água mineral gentilmente cedido pelo pessoal da prefeitura de Poá.
Meu caro, é sabido desde o primeiro dia de aula numa faculdade de jornalismo, que o repórter precisa checar informações, escutar os dois lados da história, e não fazer suposições sobre situações e momentos que desconhece. Em nenhum momento você chegou para mim e perguntou com é a vida de um repórter e de um cinegrafista, não me questionou quando temos pautas tranquilas e estressantes. Simplesmente acompanhou a inauguração da passarela da CPTM e deduziu que a vida do repórter e do cinegrafista que “ninguém sabe, ninguém viu” são extremamentes distintas, e pior: deu a entender que o repórter é um tremendo de um “folgado”, o que sinceramente não concordo. O repórter, o cinegrafista e até o motorista (se tiver) são uma equipe do começo ao fim.
Tudo o que escrevi aqui saiba que não é pessoal, e sim como é verdadeiramente a nossa rotina.
Abçs
William
Observação: o meu texto foi postado como anônimo, por equívoco.
ResponderExcluirAbçs
William
O comentário do autor do blog nada mais releva do que a falta de conhecimento sobre a rotina dos jornalistas, sobre tudo dos repórteres de telejornalismo.
ResponderExcluirTirar uma foto de um colega e aplicar juízos de valores é também a revelação do despreparo. Ao fazer isso, o autor do texto foi na contramão do que preza o Jornalismo: sempre verificar, sempre ouvir os dois lados. Nada disso foi feito.
Antes de achar, pressupor, julgar, o autor ao menos perguntou ao repórter onde estava o cinegrafista? Ou menos procurou o cinegrafista? Que espécie de tribunal quis criar o autor?
A defesa da classe sempre é bem –vinda. Mas postar comentários sem base na verdade pode se tornar uma navalha entre os colegas. É preciso cuidado.
Expressar sempre foi um dos meus verbos favoritos, é também minha defesa. Este meu comentário não é uma repulsa, é apenas um alerta. Antes de dizer, meu caro, é preciso refletir. É preciso usar a razão, que tanto nos diferencia.
Sempre à luz, fico por aqui.
Andréia Marques
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNOTA DO EDITOR I
ResponderExcluirCaro Willian Tanida, agradeço por você ter acessado o 100 Comunicação e fico mais feliz por saber que você gostou da foto.
Esclarecimento: Esse blog nasceu com o objetivo de reunir a galera da comunicação por meio do humor, envolvendo a nossa profissão, digo a nossa porque também sou jornalista e sei extamente como é o dia-a-dia de quem atua na área.
Sendo assim, sei muito bem a importância e a função de cada profissional do jornalismo, incluindo o motorista, peça importante para qualquer equipe).
Peço mil desculpas se o texto lhe ofendeu de alguma forma, pois, não era esse o objetivo, muito pelo contrário, a proposta do 100 Comunicação é apresentar as fotos dos bastidores e comentar de uma forma bem humorada para que todos possam se divertir com situações relacionadas diretamente à profissão.
Em nenhum momento colocamos o seu profissionalismo em questão, uma vez que, sabemos que para atuar nessa profissão e, principalmente na TV Diário, o jornalista deve ser altamente capacitado.
A intenção deste blog é criar uma interação entre os profissionais do jornalismo por meio de piadas, brincadeiras e diversão, mas, de uma forma respeitosa e sadia, independente, se a pessoa em questão trabalha na TV, rádio, jornal ou assessoria, e já adianto que você como integrante desta "galera da comunicação" voltará a ser notícia por aqui, obviamente com todo o respeito que você merece, a não ser que você não queira, nesse caso respeitarei a sua decisão.
Mais uma vez peço desculpa, mas, volto a reafirmar, tudo não passar de uma brincadeira como continuará sendo sempre.
Ronaldo Andrade
NOTA DO EDITOR II
ResponderExcluirTer bom humor para enfrentar a rotina do jornalismo é fundamental para que não se perca a linha do bom senso ao se comentar um texto com teor humorístico e, assim, não cometer um erro gravíssimo cometido aqui pela colega de profissão Adréia Marques, erro tão grande que acaba se tornando uma agressão descabida.
Falta de conhecimento ou despreparo? Volto a repetir, sou jornalista e conheço muito bem a rotina, as funções e, principalmente, a importância de cada peça que compõe uma equipe.
O despreparo se torna visível quando não se lê o texto da forma correta, uma vez que, quando citei o cinegrafista, em nenhum momento dei a entender de que ele não estava fazendo nada ou algo parecido e, sim, afirmei que ele deveria estar naquele momento se "matando" atrás das imagens necessárias para a matéria, ou seja, não fiz e nem pedi que fizessem julgamento nenhum sobre o profisional.
E para finalizar, o 100 Comunicação é composto por fotos e textos humoríticos que, ao contrário das matérias, não precisa que as fontes sejam ouvidas. Desde quando para se fazer uma brincadeira sadia e respeitosa, é necessário ouvir A, B ou C?
Isso só demonstra o seu despreparo para o bom humor!
Ronaldo Andrade
Caros colegas, a intenção do Ronaldo de criar este blog foi de tratar com humor o cotidiano, nem sempre tranquilo, como no caso da pauta deste post, com o intuito de criar um clima de descontração entre nós profissionais de comunicação (vide www.fotosalada.com.br, www.fotozine.blospot.com, www.fotografeiros.blogspot.com). Aproveito para dizer também o Ronaldo é um jornalista com experiências em pautas tranquilas e estressantes, passou por muitos perrengues, mas o mais importante é q ele consegue trazer consigo sempre o bom humor, característica que lhe é peculiar. Acabei citando acima sites que costumam relatar de forma bem humorada o cotidiano de repórteres fotográficos, que de fato parecem ter mais senso de humor que os "canetinhas".
ResponderExcluirCaro Ronaldo, me parece que os nobres colegas não entenderam o "espirito da coisa" ou não tem senso de humor, já fui protagonista de suas "agulhadas" e dei muitas risadas com isso, levar a vida com bom humor nos faz enfrentar o cotidiano corrido e estressante das pautas com mais alegria e entusiasmo.
ResponderExcluirExistem realmente muitas situações engraçadas na rotina do jornalista... eu, pelo menos, me divirto muito! Bom humor é sem dúvidas fundamental para encarar essa nossa profissão, mas a parte disso, o que se vê é que a grande maioria das pessoas - incluindo profissionais de outras mídias - não sabe exatamente como funciona o telejornalismo. Quantas vezes já ouvi isso nas pautas: "ah, vc está aí dentro do carro da reportagem e seu cinegrafista lá sozinho, se matando"! Eu estava escrevendo texto, passando texto com a edição ou apurando alguma informação com o pessoal da produção. Ou simplesmente esperando mesmo, ficar colado no cinegra nem sempre é preciso! Outra coisa que quaaaase ninguém sabe é que ao chegar na emissora o repórter cinematográfico na maioria das vezes entrega e equipamento e ponto. O repórter chega, assiste as fitas, decupa sonoras, pesquisa informações, liga pra fontes, fecha o texto, passa o texto, grava o texto... aí é bem fácil eu tirar uma foto do cinegrafista sem fazer nada nessa hora e falar: "poxa, só o repórter trabalha nessa equipe"!!!! Enfim, tudo é questão de ponto de vista, mas é sim o que o censo comum pensa a respeito do telejornalismo, que é "fácil". Aaaaaaaah se eles soubessem!!!! Hoje o que mais ouço é: "nossa, vc apresenta o jornal às sete da manhã e depois só vai apresentar o do meio-dia... deve ser ruim ficar lá sem fazer nada das sete até o meio dia"! Aaaaaaaaaaah se eles soubessem!!!!
ResponderExcluirBom, passei só pra dizer que entendo o que meu colega William Tanida postou aqui porque neste blog sabemos que é tudo uma grande brincadeira, mas como também sabemos que no fundo no fundo muuuuita gente pensa isso da gente, vale sim o esclarecimento!
Grande abraço!
NOTA DO EDITOR III
ResponderExcluirLenina, como já disse acima, eu sei muito bem cmo funciona a vida de um jornalista, seja ele(a) repórter, cinegrafista ou fotógrafo, sei também que cada um tem a sua função e responsabilidade e também sinto na pele esse situação que você acabou de citar: "o seu trabalho é fácil você só tem que sentar e escrever", mas, apesar da bronca que dá, eu levo na brincadeira e não deixo de brincar com a situação. Foi exatamente isso que eu fiz com a foto do Willian Tanida que nem precisava ter descrito o que já fez como jornalista, pois, todos conhecem o seu profissionalismo. Acredito que o estresse está tomando o espaço do bom humor em nossa profissão e é por isso que este blog nasceu, para combater as "caras carrancudas" e abrir espaço para belos sorrisos e gargalhadas.
Ronaldo Andrade