Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi são processados
pelo Vaticano por divulgação de documentos sigilosos
Foto: Reprodução/Twitter
Dois jornalistas estão entre os cinco indicados pelo Vaticano como responsáveis pelo "Vatileaks", que divulgou documentos confidenciais sobre supostos desvios de dinheiro na Igreja Católica.
A indicação foi feita no sábado (21), quando o Vaticano acusou Gianluigi Nuzzi e Emiliano Fittipaldi de "associação criminosa" no referido escândalo.
Nuzzi e Fittipaldi são autores dos respectivos livros "Vía Crucis" e "Avarizia", nos quais citam documentos com informações sobre desperdício e má gestão no Vaticano, além da resistência à tentativa do Papa Francisco para corrigir as irregularidades.
Além dos jornalistas, também foram indiciados o padre espanhol Lucio Ángel Vallejo Balda, que está detido no Vaticano, e a consultora italiana Francesca Immacolata Chaouqui, libertada após concordar em colaborar com a Justiça. O último acusado é Nicola Maio, colaborador de Balda.
Esta é a primeira vez que o Vaticano abre um processo contra dois jornalistas. Ao ser interrogado, Fittipaldi declarou que talvez tenha sido "um pouco ingênuo, pois achava que fossem investigar aqueles cujas atividades denunciei, e não a pessoa que revela os crimes".
"Entendo que estejam muito envergonhados no Vaticano pelas informações publicadas em meu livro, principalmente porque não podem negar nada, mas não esperava um julgamento", completou o repórter.
Os cinco indiciados podem receber uma pena de até oito anos de prisão. O ato de divulgar documentos confidenciais é um crime previsto em uma lei do Vaticano de julho de 2013.
Fonte: Portal Imprensa
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